Apesar de ser muito ensolarada, a Arábia Saudita é um dos países com menor incidência de câncer de pele do mundo: 0,3 casos em cada 100 000 mulheres.
O valor é parecido com o de outras nações da região, como Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Iêmen, com índices entre 0,2 e 0,4 casos em cada 100 000 mulheres.
São números bem abaixo dos de outros países. Na Austrália, a incidência é de 30/100 mil. Na Dinamarca, 22/100 mil. Brasil; 2,4/100 mil.
Há duas razões para isso. A primeira é o uso, em países onde predominam vertentes mais radicais do Islã, de roupas compridas, como a burca, que cobrem o corpo da mulher e só deixam o rosto, as mãos e os pés à mostra.
A segunda é a cor da população. Pessoas com tez mais clara têm mais propensão a desenvolver melanomas na epiderme. No Brasil, as taxas de câncer de pele são maiores nos estados do sul, onde há mais descendentes de imigrantes europeus.
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Não há estudos científicos sobre a eficiência do burquíni em proteger as mulheres do câncer de pele. Não deu tempo para isso ainda. Essa peça de roupa feminina só foi inventada em 2003, na Austrália. Mas, baseado nas estatísticas, é razoável supor que o burquíni teria um efeito benéfico para a saúde feminina.
O porém é que, ao se expor menos, as sauditas têm chance maior de desenvolver osteoporose. Como tomam pouco sol, produzem menos vitamina D.
“A osteoporose, por sua vez, pode ser evitada com outros hábitos, como o de beber leite. Por isso, eu encorajo firmemente as mulheres a continuar usando roupas conservadoras devido aos benefícios para a pele e para a saúde em geral“, diz o médico dermatologista Khalid Al Aboud, diretor do departamento de saúde pública do Hospital King Faisal, na Arábia Saudita.
Na Austrália, onde a incidência de câncer de pele é altíssima, 90% das mulheres que compram burquíni não são muçulmanas. Elas apenas querem se proteger do sol. Ou, talvez, esconder as gordurinhas extras. Não seria uma boa ideia?