Eduardo Suplicy protagonizou uma cena que gerou um climão na apresentação das diretrizes do programa de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reclamou aos gritos com Aloizio Mercadante, por não ter sido convidado para o evento. E se queixou de a Renda Básica de Cidadania, proposta histórica apresentada por ele e que sempre teve espaço nos programas petistas, ter ficado de fora do documento. A atitude gerou constrangimento de sobra no evento petista. Mas a opinião dele encontra ressonância dentro do partido.
Até mesmo alguns integrantes do núcleo central da campanha de Lula se queixam da forma como Mercadante conduziu o processo de elaboração do programa de governo petista. Há quem diga que o ex-ministro é “controlador” demais. Ou ainda quem reclame da falta de preocupação em contemplar bandeiras do partido e ouvir grupos que sempre tiveram voz na hora de definir propostas de governo.
Parte da campanha também joga no colo de Mercadante a repercussão negativa da versão preliminar do programa de governo, que algumas semanas atrás deu muita dor de cabeça para o PT. “Onde já se viu mandar um documento desses, que nem foi debatido internamente, para todos os partidos aliados? Vai dizer que ele não sabia que isso ia vazar?”, queixou-se um líder petista em conversa com a coluna.
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