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Cidades sem Fronteiras

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A cada mês, cinco milhões de pessoas trocam o campo pelo asfalto. Ao final do século seremos a única espécie totalmente urbana do planeta. Conheça aqui os desafios dessa histórica transformação.
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Exposição na Bienal de Veneza discute o rápido crescimento das cidades

Mostra aponta que nunca os centros urbanos se expandiram e se multiplicaram tanto como nos últimos 25 anos

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2024, 01h13 - Publicado em 2 jun 2016, 08h06
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    Um dos projetos que valem a pena serem conferidos na Bienal de Arquitetura de Veneza é a exposição Conflitos da Era Urbana, com curadoria de LSE Cities, a área de estudos urbanos da London School of Economics. O intuito da mostra é revelar as principais tendências e desafios de metrópoles do mundo todo, ressaltando que os centros urbanos cresceram mais rapidamente nos últimos 25 anos do que em toda a história da civilização.

    “Vilas de pescadores foram transformadas em megacidades e desertos se tornaram playgrounds urbanos. A velocidade e escala dessa transformação é sem precedentes. A cada hora, mais de 50 novos residentes chegam a cidades como Kinshasa (Congo) e Dhaka (Bangladesh)”, diz o texto de apresentação da exposição.


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    Uma pesquisa feita em 186 cidades mostra que a população residente mais do que duplicou em 25 anos, enquanto suas pegadas ambientais aumentaram quase cinco vezes no mesmo período. Mas a densidade caiu, ou seja, se tornaram mais espalhadas, ao mesmo tempo em que espaços públicos abertos ficaram mais raros. Na África e na Ásia, que concentram 90% desse crescimento, o desenvolvimento urbano é pouco regulamentado ou nem sequer planejado.

    As consequências sociais e ambientais são enormes e atingem milhões de pessoas. “Cidades instantâneas de imensa fragilidade e precariedade aparecem durante a noite, enquanto outras lutam para tentar investir e planejar futuros urbanos capazes de se adaptar em resposta a necessidades, pressões e desejos ainda desconhecidos”, prossegue o texto.

    Um bilhão de pessoas deve passar a viver em centros urbanos nas próximas décadas, o que representa uma oportunidade para as cidades de tentar fazer as coisas direito e assim acomodar o crescimento futuro ou ir pelo caminho mais difícil, impondo soluções inflexíveis. Algumas conseguirão crescer de forma mais equitativa e outras sofrerão com o crescimento desordenado.

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    Por Mariana Barros

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