O estudo do autismo é relativamente recente, tendo ganhado impulso significativo dos anos 1990 em diante. Nas últimas décadas, o número de diagnósticos aumentou consideravelmente. “No Brasil, estima-se uma prevalência de autistas entre trinta e sessenta casos por 10 000 pessoas”, diz Francisco Assumpção, coordenador do Departamento de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Associação Brasileira de Psiquiatria.
As pesquisas sobre as causas do autismo têm avançado. Crianças com irmãos mais velhos diagnosticados com o transtorno têm maior probabilidade de também apresentar o quadro. Pesquisadores da Universidade da Califórnia identificaram diferenças nos padrões de conectividade cerebral em bebês de alto risco de autismo.
Mas ainda há muito o que desvendar. “A comunidade científica considera que o autismo é um quadro multifatorial, com causas genéticas, metabólicas e inflamatórias”, diz Débora Marques de Miranda, professora do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de Minas Gerais.
Publicado em VEJA, julho de 2024, edição VEJA Negócios nº 4