O ex-governador da Bahia e candidato ao Senado Jaques Wagner (PT) não descartou a possibilidade de apoiar o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) no segundo turno para evitar a vitória de Jair Bolsonaro (PSL).
“Eu não gosto de fazer muito esse cenário, porque fica parecendo que se está apostando em quem não vai estar no segundo turno. No primeiro, você escolhe o que acha melhor. No segundo, você escolhe aquele que é menos ruim. Essa é a realidade. Então, no primeiro turno, meu candidato é Haddad. Se tiver um cenário, que eu acho muito pouco provável –quase impossível–, de Alckmin e Bolsonaro, sem dúvida nenhuma, acho que tem muito mais racionalidade essa candidatura do que a outra. Eu não vou apostar no caos, porque eventualmente eu perdi”, afirmou o petista, em entrevista ao programa “Linha de Frente”, da TV Aratu, afiliada do SBT.
Wagner, no entanto, alfinetou os tucanos. “Não vou fazer o que PSDB fez ao perder a eleição em 2014. Ficou o tempo todo questionando a eleição e apostando na pauta-bomba. Ajudou o Eduardo Cunha a dificultar a vida da Dilma. É mesquinharia sacrificar o nosso país por conta de uma disputa eleitoral”, ressaltou.
Cotado anteriormente para ser o “plano B” do PT, no lugar de Haddad, o ex-governador admitiu que sugeriu a Luiz Inácio Lula da Silva que o empresário Josué Alencar (PR) fosse o vice na chapa do ex-presidente. Neste cenário, quando a candidatura do petista fosse barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o republicano assumiria a cabeça da composição, e o PT indicaria o vice.
“Aí eu disse para ele [Lula], eu aceito deixar a candidatura ao senador e ser o vice dele [Josué]. A condução é feita evidentemente e prioritariamente pelo Lula, que é dono do patrimônio [eleitoral]. Essa minha ideia não prosperou. Ele nomeou o Haddad de vice”, declarou.