A briga pela presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) tem acirrado os ânimos na base do governador reeleito Rui Costa (PT) e dividiu os aliados. Os governistas têm hoje quatro candidatos, mas dois despontam como favoritos por pertencerem aos maiores partidos do grupo: Nelson Leal (PP) e Adolfo Menezes (PSD).
Além deles, aspiram suceder o atual presidente Angelo Coronel (PSD), que foi eleito senador, Alex Lima (PSB) e Rosemberg Pinto (PT). O parlamentar petista, no entanto, perdeu força depois que o governador, em um encontro reservado da base, ter afirmado que é melhor o seu partido não ter candidato.
Enquanto viajava para Europa e Israel, Rui Costa viu os aliados entrarem em choque por votos. Nelson Leal anunciou logo apoio de deputados dos PDT, PCdoB, PRP, PHS e PSC. Com os sufrágios do seu partido, o PP, Leal já soma 18 dos 32 votos necessários para vencer. O Legislativo baiano tem, ao todo, 63 parlamentares.
Diante da investida do progressista, o presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar subiu o tom e afirmou que “faltou ética” aos aliados por disputarem votos durante viagem do governador. Presidente do PP no estado, o vice-governador João Leão minimizou.
“É normal (este acirramento), mas vai terminar em um consenso. Tenho certeza disto. O PSD já teve Angelo Coronel como presidente. Agora, é a vez do PP. É natural que tenha o rodízio. Nós todos somos da base”, afirmou.
Nesta segunda-feira (19), Rui Costa brincou ao dizer que iria “servir suco de maracujá” aos aliados. Também fez um apelo para que os correligionários se entendam e tenham uma candidatura única. Enquanto os governistas brigam, a oposição tem dito que não terá candidato e vai votar unida.