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Augusto Nunes

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Oliver: O drama dos pés esquerdos

VLADY OLIVER Leio Gabeira sempre com aquela impressão de que ele esconde a verdade, exibindo a coisa em gotas homeopáticas. Oriundo das hostes da petralharia, não dá pra fingir que não conhecia o lulão e sua gangue de vagabundos amestrados, todos se preparando sorrateiramente para viverem das benesses de uma ditadura no lombo dos incautos.

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 00h20 - Publicado em 11 out 2015, 16h10
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  • VLADY OLIVER

    Leio Gabeira sempre com aquela impressão de que ele esconde a verdade, exibindo a coisa em gotas homeopáticas. Oriundo das hostes da petralharia, não dá pra fingir que não conhecia o lulão e sua gangue de vagabundos amestrados, todos se preparando sorrateiramente para viverem das benesses de uma ditadura no lombo dos incautos.

    Acredito que ele só apareça na “mídia” para chutar esse cachorro morto porque o bicho já não lhe oferece a devida “utopia socialista” com que esses indivíduos aparecem de tanga de crochê e pedalando suas patéticas bicicletinhas mancas na lagoa. Essa é a mentalidade reinante.

    Como desconfio de toda planta carnívora que vejo em minha frente, não por terem “uma consciência” do que fazem, mas simplesmente porque o reflexo condicionado as leva a fechar suas folhas e digerir o inseto sem comê-lo, não vejo muita diferença entre a roubalheira epidêmica que nos assola e os convertidos em pencas, depois que a coisa mostrou sua verdadeira natureza torpe.

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    Nunca estive do outro lado para conspurcar meu cérebro com ideias mancas. Isto não me faz mais democrata que um Gabeira, muito pelo contrário. Só me faz, no entanto, conhecer o caminho da redenção pela outra ponta; a ponta dos que foram feitos de besta. Dos que foram ludibriados por uma sofisticada organização criminosa, que o texto elegante de Gabeira nunca denunciou a tempo.

    No mais, insiste aqui no mantra esquerdossauro de que a grana roubada foi para pagar campanha política e comprar deputados, e não em benefício de um projeto de poder muito mais amplo, abarcando protoditaduras em toda a latrino-américa. Os antagonistas hoje fazem chacota com o Foro de São Paulo. Sem perceberem, fazem o serviço sujo da quadrilha, que quer limpar as gavetas da agremiação criminosa e dar-lhe uma importância menor do que ela evidentemente teve neste contexto sujo.

    Na verdade, o Foro de São Paulo era um banco. Um banco para onde migrou toda a nossa grana, usada para turbinar exércitos de saliva, MAVs picaretas, organizações paramilitares, movimentos de quadris em nome de uma causa pilantra e cabeças que odeiam a classe média que pagou a conta toda. Difícil provar que a função era essa, se nem contabilidade oficial a coisa tem. O fato é que é sintomático que, bastou acabar a grana que irrigava a repartição pilantra para anunciarem em uníssono que “os comunas precisam de uma nova agremiação que os represente”.

    Queima de arquivo, meus caros. É lá que estariam as provas de que esses calhordas não passam de um bando de embusteiros, querendo se locupletar do nosso dinheiro. De que lado você está, Gabeira? De você não é possível esperar ingenuidade, meu chapa. Vai contando aí o que você sabe que a gente avalia se você está falando a verdade dessa vez. Não me engana não.

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