O vencedor do campeonato mundial de natação em piscina curta não foi o Brasil. Foram oito brasileiros: Etiene Medeiros, Larissa Oliveira, Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas Santos, Cesar Cielo, João de Lucca e Marcos Macedo. As dez medalhas (sete de ouro, uma de prata e duas de bronze) conquistadas em Doha, no Catar, pertencem a esses anfíbios geniais. Eles triunfaram apesar do Brasil.
Além dos maiores nadadores do planeta, os sete tiveram de derrotar o viveiro de doutores em futebol, um Ministério do Esporte rebaixado a curral do PCdoB, a inexistência de qualquer coisa parecida com política esportiva, cartolas que só descobrem grandes atletas já descobertos por outros países, a crônica escassez de verbas, centros de treinamento em decomposição, uma infraestrutura indigente e tantos outros frutos do casamento da inépcia lucrativa com o oportunismo.
Dilma Rousseff, para quem piscina curta é aquela em que o neto Gabrielzinho está aprendendo a nadar, não vai perder a chance de enrolar-se na bandeira do Brasil. Ela ainda acha que festejar façanhas alheias fará o povo esquecer que o país do Petrolão logo estará liderando o campeonato mundial da corrupção.