ATUALIZADO ÀS 11H26
Em 28 de agosto de 2008, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, resolveu animar os festejos do Dia da Independência com uma frota formada por um submarino nuclear e quatro convencionais (mas também moderníssimos), todos fabricados em parceria pela França e pelo Brasil Maravilha. Só faltava assinar o acordo com o presidente Nicolas Sarkozy, que visitaria o país para deslumbrar-se com o Sete de Setembro em Brasília.
“Entre as principais missões da Marinha, contidas na Estratégia Nacional de Defesa, encontra-se a defesa das plataformas petrolíferas e das áreas do pré-sal”, explicou Jobim, caprichando na pose de chefe civil das Forças Armadas. Se os submarinos de Jobim ainda não deram as caras em águas brasileiras, não foi por falta de aviso. “O Brasil precisa se preparar do ponto de vista militar”, reincidiu em abril de 2011.”Com o petróleo do pré-sal, o país vai ser um alvo do terrorismo”.
Passados dois anos e meio, o almirante honorário se foi, a frota franco-brasileira não está pronta e o inimigo imperialista nunca foi visto por aqui. Se é que andaram espionando as jazidas que Lula promoveu a Dádiva de Deus, os ianques não viram nada que valesse uma guerra no Atlântico. Não viram sequer alguma coisa que justificasse a presença de executivos de empresas petrolíferas dos EUA no leilão desta segunda-feira.
Sem marines por perto, a Marinha brasileira, ainda sonhando com maravilhas nucleares, foi dispensada de combates navais. Sobrou para o Exército, convocado por Dilma para proteger as jazidas do pré-sal não da cobiça dos gringos, mas do terrorismo dos black blocs. O petróleo vai ser meio chinês. Os terroristas e os idiotas são nossos.