Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês

Augusto Nunes

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

O furacão sem nome que devasta o Rio de Janeiro

"Artistas e intelectuais" nascidos no Rio ou cariocas naturalizados não tem tempo a perder com a cidade sem lei

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 20h44 - Publicado em 18 set 2017, 20h12
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Graças ao caudaloso noticiário sobre tragédias ocorridas em outras paragens do planeta — provocadas por fenômenos naturais ou seres tecnicamente humanos —, milhões de brasileiros chamam pelo nome os furacões Irma, Kátia e José, sabem que vem aí o Maria, medem pela escala Richter a força do terremoto no México, atualizam a contagem dos mortos em outro atentado terrorista em Londres e acompanham em tempo real a marcha da insensatez na Coreia do Norte desgovernada por um maluco atômico.

    Concentrados nas turbulências internacionais, e também de olho no cortejo de infâmias descobertas pela Lava Jato, esse mundaréu de leitores, espectadores e ouvintes parecem sem tempo para horrorizar-se com tragédias em curso logo ali. No Rio de Janeiro, por exemplo. Entre tantas outras abjeções, bandalheiras, safadezas e patifarias, a quadrilha liderada por Sérgio Cabral — que agiu o tempo todo com as bênçãos e o patrocínio dos presidentes Lula e Dilma Rousseff — incluiu em seu legado maldito um Rio reduzido a zona de exclusão.

    O Estado brasileiro deixou de existir nos territórios conflagrados, reafirmaram as trocas de chumbo do fim de semana. Neste fim de semana, por exemplo, a intensificação da guerra pelo controle do tráfico de drogas na Rocinha produziu centenas de cenas que poderiam ser inseridas sem retoques num documentário sobre a Síria. Os tiroteios foram mais apavorantes que os registrados há sete dias. Serão menos inverossímeis que os da semana que vem.

    Que fim levaram as Unidades de Polícia Pacificadora, as festejadas UPPs, a invenção genial do governador canalha? O que restou das modernidades inauguradas com foguetório e discurseira pelo presidente megalomaníaco e pela sucessora afundada na mitomania? Cadê as tropas do Exército que ali pousaram há pouco mais de um mês, prontas para resgatar  os incontáveis quilômetros quadrados amputados a bala do mapa do Brasil?

    O Rio agoniza sob o olhar distraído do restante do Brasil e sob a cínica indiferença de boa parte da gente que mora lá. Sobretudo dos “artistas e intelectuais” nativos ou cariocas naturalizados. Esses, como se sabe, estão ocupados demais com a preservação da Amazônia para perder tempo com uma cidade sem lei.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.