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A caixa-preta é transparente

Ela está aí para mostrar que fascismo foi o sequestro totalitário das instituições operado pelo PT

Por Guilherme Fiúza
Atualizado em 30 jul 2020, 19h37 - Publicado em 25 jun 2019, 07h16
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  • Guilherme Fiúza (publicado na Gazeta do Povo)

    O país quer abrir a famosa caixa preta do BNDES. Mas veja que fenômeno curioso: Lula, Palocci, Paulo Bernardo e Marcelo Odebrecht acabam de virar réus por forjarem uma operação bilionária envolvendo o… BNDES. Eles criaram um crédito especial de 1 bilhão de dólares em favor de Angola (você leu 1 bilhão de dólares) para fazer aquela triangulação esperta que enriqueceu todos eles com o seu dinheiro. Uma bomba, né?

    Mas parece que inventaram a bomba silenciosa. A notícia simplesmente sumiu. Desde que saiu essa decisão da Justiça Federal de Brasília, aceitando a denúncia do Ministério Público, o Brasil falou de tudo — dos arapongas do BBB às malcriações do Rodrigo Maia. Tudo que sirva para confundir e atrapalhar o plano de reconstrução nacional liderado por Paulo Guedes e Sergio Moro repercute ao infinito. Até na substituição do presidente do BNDES o companheiro Maia se meteu, na sua sanha para desacreditar a equipe econômica. Mas e a bomba de Angola?

    Ninguém sabe, ninguém viu. Sumiu no éter e pelo visto, o que não falta ao noticiário contemporâneo é éter. Todo mundo doidão de uma substância esquisita que torna a realidade dos fatos um detalhe bastardo, quase um estorvo. O importante é narrar e narrar à la carte.

    Voltando, então, ao BNDES. Cadê a caixa preta? Respondemos aqui mesmo, com exclusividade: está no seu nariz, distraído. Abertinha da Silva, fedendo ao ar-livre e desolada com a indiferença dos brasileiros.

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    Guido Mantega e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho também já são réus por fraude de 8 bilhões de reais na operação Joesley. Existem de fato muitas operações secretas do banco ainda blindadas, mas o Brasil chegará a todas elas se prestar mais atenção ao lado transparente da caixa preta. Quer apoiar a Lava Jato? Ajude-a a tirar da quase clandestinidade o processo da operação Angola, por exemplo, que contém absolutamente todos os ingredientes do modus operandi da quadrilha petista que arruinou o país (e parte do continente).

    Boa parte da operação Joesley nem secreta foi. Com a aura de bondade que o Brasil concedeu a Lula, Dilma e picaretas associados, eles criaram à luz do dia uma sociedade multibilionária entre o BNDES e a JBS (!), criando o maior laranjal do mundo. Laranjal oficial, com firma reconhecida a delinquência toda certinha, dentro da lei. Contando ninguém acredita.

    Como o próprio Joesley confessou, ele virou o maior corruptor da República e adivinha servindo a quem? Pois bem: qual a importância disso, além de punir quem comete crimes? A importância disso e de tudo que está representado pela tal caixa preta do BNDES é expor o poder passado e presente de uma quadrilha que, neste exato momento, está sendo embelezada no salão por esses auxiliares da arapongagem fantasiados de jornalistas investigativos tentando dinamitar Sergio Moro.

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    Desde que Dilma sofreu impeachment atenção alunos da escola Eleva: o governo corrupto do PT caiu por um processo legal de impeachment, e vocês jamais saberão disso se dependerem dessa geografia alternativa com refração em cirurgia plástica petista que vocês aprendem. Mas como íamos dizendo: desde que Dilma sofreu impeachment, a quadrilha que enriqueceu nos 13 anos de DisneyLula tenta sabotar a reconstrução das instituições para retomar as rédeas. A tentativa de virada de mesa na famosa conspiração Janot-Joesley de 2017, que acabaria com o criminoso anistiado num doce exílio em Nova York, fracassou por pouco.

    O Brasil precisa da condenação de todos esses personagens envolvidos nas tramoias do BNDES que superam facilmente as cifras dos escândalos na Petrobras não por um acerto de contas: os resíduos desse populismo cleptocrático estão aí hoje com grana no bolso, poder de articulação e coação, sabotando com todas as forças o projeto de retomada do crescimento que começa com a reforma da Previdência.

    A máquina de sabotagem forja uma luta contra o fascismo imaginário. A caixa preta, branca, transparente, azul e cor de rosa do BNDES está aí para mostrar que fascismo foi o sequestro totalitário das instituições operado pelo PT. Mas você precisa acreditar no que vê.

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