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Opinião política baseada em fatos
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O Brasil poderia ter desenvolvido sua própria vacina

Brasil acima de tudo depende de uma competência que Bolsonaro não tem, a de alguém com a vocação para a política

Por Alberto Carlos Almeida 19 jan 2021, 20h02
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  • Início da vacinação em Goiás
    Início da vacinação em Goiás (Twitter TV Brasil Central/Reprodução)

    Brasil acima de tudo, Deus acima de todos. Quem desejava o Brasil acima de tudo, ou pelo menos acima de algumas nações, deveria imaginar que desenvolver uma vacina nacional poderia se tornar uma importante moeda de troca na diplomacia e no comércio internacional durante uma pandemia. China e Índia vislumbraram isso.

    Acordos comerciais de exportação de vacinas e insumos para sua fabricação envolvem intrincadas negociações diplomáticas que vão além da esfera de influência da lei da oferta e da procura. É por isso que hoje a China pode negociar a vacinação da população brasileira em troca da adoção do 5G por nosso país e também motiva a Índia a não exportar para o Brasil os insumos da Coronavac porque o Brasil se alinhou contra a Índia na quebra de patentes de medicamentos na Organização Mundial do Comércio.

    O Brasil tem massa crítica suficiente para ter desenvolvido sua própria vacina. Temos centenas de cientistas de ponta em universidades e empresas, todos eles conectados nacional e internacionalmente, absolutamente capazes de, por caminhos próprios, obter um imunizante para o coronavírus. Bastaria que tivéssemos tido recursos para a fase 3 de testes, a mais cara, a fim obter a vacina brasileira. Orgulho nacional e ufanismo à parte, ter uma vacina genuinamente brasileira nos ajudaria a barganhar com nossos vizinhos, Argentina e México em particular, inúmeras condições favoráveis em diversas negociações comerciais. Políticos que têm a vocação para a política sabem disso. Não é o caso de Bolsonaro.

    Não ter desenvolvido a nossa vacina é resultado não apenas do negacionismo de um presidente que rejeita a ciência, mas acima de tudo de um político que não sabe para onde levar o país e que não faz a menor ideia do que seja poder de barganha, como obtê-lo e utilizá-lo no palco internacional. Para colocar o Brasil acima de tudo não basta vontade, é preciso capacidade. Não sendo isso possível cabe recorrer apenas a Deus, acima de todos.

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