Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

A Origem dos Bytes

Por Filipe Vilicic Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Crônicas do mundo tecnológico e ultraconectado de hoje. Por Filipe Vilicic, autor de 'O Clube dos Youtubers' e de 'O Clique de 1 Bilhão de Dólares'.
Continua após publicidade

Não troque seu iPhone (ainda)

Hoje, a Apple lançou um iPhone mais barato, e menor, além de um novo modelo de iPad Pro. Como de costume, vendeu as novidades como as “maiores coisas que você já viu até agora”. Só que, sempre que assisto aos eventos da Apple, é inevitável me lembrar de uma conversa que tive há quatro anos […]

Por Filipe Vilicic Atualizado em 4 jun 2024, 22h28 - Publicado em 21 mar 2016, 17h09
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Apple Vice President Greg Joswiak introduces the iPhone SE during an event at the Apple headquarters in Cupertino, California March 21, 2016. REUTERS/Stephen Lam

    O novo iPhone SE: Você não precisa dele REUTERS/Stephen Lam

    Hoje, a Apple lançou um iPhone mais barato, e menor, além de um novo modelo de iPad Pro. Como de costume, vendeu as novidades como as “maiores coisas que você já viu até agora”. Só que, sempre que assisto aos eventos da Apple, é inevitável me lembrar de uma conversa que tive há quatro anos com uma jovem pesquisadora da celebrada universidade americana MIT, Nadya Peek. O que ela me disse, e que perdura hoje (e, chuto, sempre continuará): “cara, não troque seu celular sempre que lançam um novo”.

    Continua após a publicidade

    À época, Nadya tinha aparecido na mídia especializada por ter desenvolvido uma impressora 3D barata e que era transportada em uma maleta. Estávamos lá para falar disso. Contudo, conversa vai, conversa vem, e começamos a papear sobre iPhones. Eu exibia um novo modelo, o 5, que acabara de chegar às lojas. Ela era dona de um iPhone 3G (nem era 3GS).

    – A verdade é que nada de substancial muda pulando uma ou duas gerações do aparelho. Pra valer, só há algo novo depois de uns três, quatro, anos – apontava Nadya – De resto, é marketing.

    Nisso, ela me mostrou um iPhone 3G aberto, exibindo a estrutura (lembrete: trata-se de uma pesquisadora do MIT).

    Continua após a publicidade

    – Se você checa um 3G por dentro, ou um 5, quase tudo é igual. A experiência não muda para quem usa – completou – Não cairei nessa enganação.

    Convenhamos, caso você já tenha trocado de smartphone mais de uma vez, deve ter notado o mesmo. Nada muda. Ok, pode ser um pouco mais rápido, ou ter uma função bacaninha, como a de sentir variações da pressão do toque na tela. Agora, isso vale seu dinheiro?

    Caso queira ter um bom padrão tecnológico para trocar seu smartphone ou tablet, sugiro seguir a Lei de Moore, do americano Gordon Moore, fundador da Intel. Lá nos anos 60, ele já previa que a capacidade de processamento de aparelhos computadorizados dobraria, sem aumento de custo, a cada dois anos (mais ou menos). O tempo mostrou que ele estava certo de diversas formas.  Esse não é só um bom prazo para estipular quando há um salto real em uma tecnologia de processamento, como em tudo que abrange um novo dispositivo – qualidade gráfica, software etc. Ou seja, dois anos é um bom tempo para ficar com um celular que acabou de comprar.

    Continua após a publicidade

    A mim parece, inclusive, que os consumidores estão cansados de tantas atualizações de produtos, de seis em seis meses, como de praxe. Em uma reportagem recente que assinei em VEJA, destaquei uma pesquisa da organização americana Underwriters Laboratories, segunda a qual metade das pessoas acreditavam que fabricantes se excedem ao lançar modelos novos de produtos mais rapidamente do que se precisa deles. Isso não quer dizer que a outra metade gosta das novidades incessantes – na real, a maioria desses deveria ser indiferente ao assunto.

    Em relação às novidades da Apple, recordo que já no lançamento do iPhone 5 haviam muitas reclamações sobre como ele não trazia inovações substanciais. Circulava pela internet, então, um  meme no qual Bill Gates, representando a Microsoft, questionava Steve Jobs, ícone da Apple: “Qual é sua estratégia para vender mais?” A resposta: “Vou aumentar um pouquinho o tamanho de meu smartphone antigo.” Hoje, a lógica se inverteu. Caso Tim Cook, CEO da companhia, fosse perguntado “qual é sua estratégia para vender mais?”, provavelmente responderia “vou diminuir um pouquinho o iPhone 6S”. Foi o que aconteceu.

    Casey Newton, jornalista do The Verge, fez uma boa piada sobre essa nova “fase de diminuição” da marca da maçã: “Eu gosto desse ciclo estilo Benjamin Button (aquele filme do Brad Pitt) da Apple. No próximo ano ela vai argumentar que a maioria das pessoas odeia realizar chamadas de telefone e irá lançar um velho iPod.”

    Para acompanhar este blog, siga-me no Twitter, em @FilipeVilicic, e no Facebook.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.