Nesta semana foi publicada uma entrevista que concedi ao podcast ResumoCast, focado em empreendedorismo. Nela respondo a questões diversas relacionadas ao meu último livro, O Clique de 1 Bilhão de Dólares, sobre a história do Instagram. No meio da conversa, lembrei de um encontro recente com Michel “Mike” Krieger, o paulistano que criou a popular rede social de fotos, no evento Brazil at Silicon Valley, no Vale do Silício. Vale saber o que ele tem a dizer sobre o momento atual do app.
A frase de Krieger – que, aliás, já foi também personagem principal de uma reportagem de capa em VEJA e entrevistado para as Páginas Amarelas – que mais se destacou: “Queria ter visto o app ter ido em direção diferente”. Ainda completou que conjecturar isso seria como “um momento de ficção científica”, refletir sobre um “universo alternativo”.
De qualquer forma, ele parece pensar nesse mundo paralelo. Afirmou ter curiosidade de saber como teria sido se o Instagram fosse uma empresa “super independente” do Facebook. O Facebook comprou o aplicativo em 2012 por cerca de 1 bilhão de dólares – hoje, valeria muito, muito, mais do que isso.
“Não sei se seria mais sucedido ou menos. O Insta teria crescido mais lentamente. Pois cresceu um monte com a integração com o Face. Mas veio ao custo da (falta de) autonomia. Essa foi uma das coisas que deixou mais difícil pra gente (ele e o outro fundador, Kevin Systrom, deixaram a empresa no ano passado) ficar lá”.
Nos bastidores, sabe-se que a dupla se incomodava com como cada vez mais o Instagram estaria parecido com o Facebook, sem distinções tão significativas – como era em tempos anteriores à venda – entre os focos de ambas as redes sociais.
Krieger ainda pontuou que acha “bizarro” como muita gente viveria no e para o Instagram. Referiu-se assim aos instagrammers demasiadamente assíduos, ou alguns dos chamados influenciadores digitais, que usam a rede não só para compartilhar fotos do dia a dia. Mas também para vender produtos, realizar campanhas publicitárias etc.
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O paulistano também compartilhou que tem agora planos de empreender com outro negócio. Acrescentou ainda que vê o Brasil com o potencial de ser a bola da vez da inovação. Em sua terra-natal, ele, que mora hoje em São Francisco, acredita que há mais vantagens e menos competitividade para empreender do que atualmente no Vale do Silício.
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