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Sistema de defesa será testado em asteroide nesta quinta-feira

Uma rocha de até 30 metros de extensão passará a uma distância mínima de 44.000 quilômetros da Terra, sem risco de colidir com nosso planeta

Por Da redação
10 out 2017, 18h38
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  • Um pequeno asteroide de até 30 metros de extensão passará perto da Terra nesta quinta-feira e, embora não represente nenhum perigo, será utilizado para testar um sistema de defesa planetária que está sendo desenvolvido por cientistas. Batizada de “2012 TC4”, a rocha se deslocará entre a Terra e a Lua a uma distância mínima de 44.000 quilômetros – bem longe do nosso planeta e de qualquer satélite geoestacionário de telecomunicações que o orbita.

    A passagem do asteroide “não é preocupante, mas aproveitaremos para treinar”, disse Detlef Koschny, cientista da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês). No início de 2017, um pesquisador da Nasa deu uma declaração afirmando que a humanidade não estaria preparada para se defender de um “asteroide surpresa” que se aproximasse do nosso planeta sem ser detectado. Por isso, cientistas de todo o mundo vêm trabalhando em estratégias para melhorar a identificação de objetos espaciais potencialmente perigosos antes que eles se aproximem da Terra. Paralelamente a isso, táticas mais “emergenciais” também são estudadas, como sondas capazes de desviar a rota de uma rocha espacial gigante que, eventualmente, estivesse vindo em nossa direção.

    O exercício a ser realizado nesta semana é coordenado pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, junto com a Nasa, a ESA e vários observatórios do mundo. Diversos telescópios serão apontados para o asteroide quando este se aproximar do planeta. Ele não deve ser visível a olho nu, mas com equipamentos amadores será possível observar um pequeno ponto brilhante, cuja velocidade relativa em relação à Terra será de 7,3 quilômetros por segundo.

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    A passagem de asteroides perto da Terra “é bastante frequente”, segundo Koschny, e poucas rochas espaciais chegam a uma distância preocupante do planeta. Quando chegam e conseguem adentrar a atmosfera, dependendo do seu tamanho, podem causar grandes estragos, como o meteorito que atingiu a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013 e deixou mais de 1.500 feridos.

    Durante a passagem, os observatórios enviarão suas informações a centros de gestão de situações de emergência. “Veremos, então, se os dados que lhes enviamos são devidamente compreendidos, se são claros ou se é necessário melhorar as coisas”, disse Koschny.

    Colisão em 2079?

    O asteroide 2012 TC4, que dá uma volta completa no Sol em 609 dias, foi descoberto há cinco anos e desapareceu de vista depois disso. Ele voltou a ser detectado de novo este ano pelo telescópio VLT do Observatório Europeu Austral, no Chile, permitindo que os astrônomos calculassem sua trajetória com precisão – e percebessem que sua órbita está se modificando.

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    Assim, na próxima passagem da rocha espacial pelo nosso planeta, em 2050, ela estará um pouquinho mais próxima da Terra – ainda que não o suficiente para provocar uma colisão. Já em 2079, os especialistas afirmam que não é impossível que o asteroide consiga entrar na atmosfera terrestre, embora não seja grande o suficiente para oferecer riscos em nível global.

    De acordo com a Nasa, a probabilidade de que um asteroide realmente perigoso colida com a Terra nos próximos 100 anos é de apenas 0,01%.

    (Com AFP)

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