Estados Unidos e China têm travado uma nova corrida espacial rumo à Lua. A Nasa, agência espacial americana, acaba de dar mais um passo em direção ao protagonismo dessa conquista: seus pesquisadores anunciaram que conseguiram extrair oxigênio de uma simulação do solo lunar. Esse processo é essencial para a presença permanente de humanos no satélite.
Para conseguir esse feito, os cientistas da Nasa utilizaram uma tecnologia chamada de Demonstração de Redução Carbotérmica (CaRD). O equipamento, que foi testado numa câmara que simula a superfície e o solo lunar, aplica um laser de alta energia para derreter o solo. Através desse processo, foi possível sintetizar monóxido de carbono, uma molécula que contém oxigênio.
“Esta tecnologia tem o potencial de produzir várias vezes seu próprio peso em oxigênio, o que permitirá a presença humana sustentada e a economia lunar”, afirmou Aaron Paz, engenheiro sênior da Nasa e administrador do projeto CaRD. Segundo nota divulgada pela agência, o equipamento já está pronto para ser testado na lua.
O oxigênio produzido é necessário tanto para possibilitar a respiração humana, quanto para garantir combustível para os propulsores dos veículos lunares.
A Nasa planeja começar a enviar astronautas para longa permanência na Lua já nos próximos anos, no contexto da Missão Artemis, que, em 2024, levará a primeira mulher e primeiro homem negro para dar uma volta no satélite. A agência espacial brasileira planeja colaborar com esse projeto.
A China também tem planos ambiciosos para exploração lunar. No último mês, o país anunciou que deve construir, até o final desta década, uma base no satélite utilizando solo do próprio local.