É um cometa? Um asteroide? E de onde ele vem? A Nasa, a agência espacial americana, não tem resposta para nenhuma dessas questões. O que se sabe é que, no último dia 19 de outubro, detectou-se um objeto estranho em nosso sistema solar, noticiado na quinta-feira (26) pelo governo dos EUA. Por que o “estranho”? Trata-se de um forasteiro. Um pedregulho de 400 metros de diâmetro, viajando a 25,5 quilômetros por segundo, que chegou às redondezas da Terra provavelmente vindo das proximidades de uma estrela distante.
Caso seja confirmado que se trata de um “alien”, esse será o primeiro objeto interestelar já detectado na órbita do Sol. “Esperávamos por isso fazia décadas”, falou o astrônomo Paul Chodas, da divisão da Nasa responsável pelo achado, em comunicado oficial. “Há muito era teorizado que asteroides e cometas que se movem ao redor de estrelas poderiam ocasionalmente se desprender e passar por nosso sistema solar. Mas essa é a primeira vez que acreditamos ter detectado algo do tipo”, acrescentou.
O tal objeto, chamado provisoriamente de A/2017 U1 (como será o primeiro de seu tipo, astrônomos ainda precisam criar as regras para nomeá-lo), foi descoberto em 19 de outubro por uma equipe do telescópio da Universidade do Havaí. Rob Weryk, pesquisador da Nasa responsável pela primeira identificação, reportou a detecção aos seus superiores. Afirmou Weryk: “O movimento desse objeto não podia ser explicado como se ele fosse um cometa ou asteroide de nosso sistema solar”.
Isso porque, o pedregulho misterioso se move extremamente rápido e numa trajetória que não seria típica de algo que surgiu no sistema solar, na órbita do Sol. Pelos cálculos dos cientistas, o enigma teria vindo de alguma localização da constelação de Lira. Depois, aproximou-se de nossa redondeza, sem colidir com nenhum dos planetas daqui. Impulsionado pela gravidade solar, depois ele chegou a 24 milhões de quilômetros de distância da Terra (600 vezes a para a Lua) e, agora, parece se direcionar para a constelação de Pégaso.
O misterioso objeto não representa perigo para a Terra – não há chance de cair por aqui. E, neste momento, segunda a Nasa, cientistas de todo o planeta estão tentando decifrar do que realmente se trata esse (provável) viajante interestelar.