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Na terça, Nasa mostra imagens inéditas feitas por supertelescópio

Nesta segunda, 11, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentará a primeira foto em um evento na Casa Branca que será transmitido ao vivo

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jul 2022, 10h11 - Publicado em 11 jul 2022, 08h00
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  • Estacionado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, o Telescópio Espacial James Webb está em uma posição do espaço chamada pelos astrônomos de segundo ponto da órbita Lagrange ou simplesmente L2. É uma espécie de varanda para o universo sem obstáculos para atrapalhar sua visão do firmamento, permitindo que o equipamento de 10 bilhões de dólares e suas potentes lentes registrem imagens de corpos celestes e outros elementos com uma nitidez nunca antes vista pela humanidade.

    Após um mês de viagem até este ponto e mais um semestre para alinhamento de espelhos e resfriamento dos instrumentos até perto do zero absoluto (273 graus Celsius negativos), a Nasa vai divulgar na terça-feira, 12, às 11h30, as primeiras imagens coloridas e dados espectroscópicos registrados. Os alvos, selecionados por um comitê internacional, são a Nebulosa Carina, WASP-96 b, Nebulosa do Anel Sul, Quinteto de Stephan e SMACS 0723.

    Nesta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, divulgará uma das primeiras imagens do James Webb em um evento na Casa Branca em Washington. O administrador da Nasa, Bill Nelson, fará a apresentação. Uma transmissão ao vivo do evento estará disponível no site da Nasa e no canal da agência no YouTube.

    A agência espacial americana já divulgou algumas prévias, como a imagem acima, mas as fotos de amanhã serão as primeiras coloridas que mostrarão o que o telescópio realmente pode fazer. O lote inicial de imagens revelará os detalhes da formação de estrelas, a atmosfera de um exoplaneta, uma imagem incrivelmente profunda do universo e muito mais, segundo a Nasa. Ao usar luz infravermelha, o telescópio será capaz de cortar a poeira cósmica e ver o passado mais longe do que nunca.

    “É difícil prever o que será mostrado pela primeira vez em caráter científico, mas algumas imagens serão das primeiras galáxias formadas no universo e, dentro delas, as primeiras estrelas”, disse em nota o astrofísico brasileiro Cássio Barbosa, professor da Fundação Educacional Inaciana (FEI). “Além disso, com o James Webb haverá a possibilidade de descobertas importantes na área dos exoplanetas, como a detecção de atmosfera em planetas muito parecidos com a Terra.”

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    Abaixo está a lista de objetos cósmicos que o James Webb observou em sua primeira incursão. A transmissão das imagens será feira pelo site da Nasa. É o início oficial das operações científicas gerais do supertelescópio. Eles foram selecionados por um comitê internacional de representantes da Nasa, ESA, CSA e do Space Telescope Science Institute.

    Nebulosa Carina – Uma das maiores e mais brilhantes nebulosas do céu, localizada a aproximadamente 7.600 anos-luz de distância na constelação de Carina, abriga estrelas massivas muitas vezes maiores que o nosso sol. As nebulosas são aglomerados onde as estrelas se formam.

    WASP-96b – Planeta gigante fora do sistema solar, composto principalmente de gás. Localizado a cerca de 1.150 anos-luz da Terra, orbita sua estrela a cada 3,4 dias. Tem cerca de metade da massa de Júpiter, e sua descoberta foi anunciada em 2014.

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    Nebulosa do Anel Sul – O Anel Sul, ou nebulosa “Eight-Burst”, é uma nebulosa planetária – uma nuvem de gás em expansão, envolvendo uma estrela moribunda. Tem quase meio ano-luz de diâmetro e está localizado a aproximadamente 2.000 anos-luz da Terra.

    Quinteto de Stephan – A cerca de 290 milhões de anos-luz, está localizado na constelação de Pégaso. É notável por ser o primeiro grupo compacto de galáxias descoberto em 1877. Quatro das cinco galáxias dentro do quinteto estão presas em uma dança cósmica de repetidos encontros imediatos.

    SMACS 0723 – Aglomerados maciços de galáxias em primeiro plano ampliam e distorcem a luz dos objetos atrás deles, permitindo uma visão de campo profundo em populações de galáxias extremamente distantes e intrinsecamente fracas.

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