Pesquisadores especulam que poças subterrâneas de água salgada na lua Europa, de Júpiter, podem ser semelhantes à água encontrada em algumas regiões da Terra, o que poderia sinalizar as condições para a existência de vida. Se as geleiras da lua tiverem se formado de modo parecido com aquelas da Groenlândia, por exemplo, bolhas podem ajudar a fazer com que substâncias químicas necessárias à vida circulem pelas poças.
Europa mede cerca de 3,2 mil quilômetros de diâmetro, sendo um pouco menor do que a nossa Lua. O interesse astronômico por ela cresceu quando observações feitas a partir da Terra apontaram para a existência de um oceano profundo a alguns quilômetros de sua superfície. Estima-se que seus mares podem ser até duas vezes mais volumosos do que todos os oceanos terrestres juntos.
O estudo que relata a comparação entre Europa e ecossistemas da Terra e a possibilidade de a vida ser viável na lua de Júpiter foi publicado na revista científica Nature Communications.
A busca humana por vida fora da Terra é milenar, e parecemos estar cada vez mais perto de uma possível resposta. Ainda assim, é preciso ter em mente que é perfeitamente plausível, dada a vastidão do universo, que jamais cheguemos a uma conclusão sobre se estamos sozinhos por aqui.
Nas palavras do escritor britânico Arthur C. Clarke, “duas possibilidades existem: ou estamos sozinhos no universo ou não. Ambas são igualmente aterrorizantes”.