Com menos de 1 milímetro de comprimento, sem olhos nem asas, um minúsculo besouro da família Ptiliidae foi batizado de Nelloptodes gretae, em homenagem à ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos. Alguns dos menores insetos do mundo fazem parte da mesma família.
O batizado oficial aconteceu na sexta-feira, 25 de outubro, e foi publicado no periódico The Entomologist’s. A espécie foi coletada pela primeira vez entre 1964 e 1965 em Nairóbi, capital do Quênia, pelo naturalista britânico William C. Block. Em 1978, a coleção pessoal do pesquisador foi doada ao Museu de História Natural, em Londres, na Inglaterra.
A homenagem à ativista foi feita pelo entomologista Michael Darby. “Escolhi o nome porque fiquei impressionado com o trabalho da jovem ativista e quis reconhecer a sua contribuição fora do comum para aumentar a consciência em relação às questões ambientais”, afirmou. O pesquisador encontrou o besouro enquanto estudava uma das coleções do museu, que tem mais de 22 milhões de espécimes de animais.
De forma mais exata, o besouro mede em torno de 0,79 milímetro. “Eles são tão pequenos que minha esposa os descreveu como ‘pontos finais’ animais. Mas na verdade eles são ainda menores do que os sinais de pontuação”, afirmou. Alguns organismos unicelulares, por exemplo, são maiores do que esses insetos.
O curador do Museu de História Natural, Max Barclay, declarou que há centenas de novas espécies a serem descobertas no mundo e também nos acervos da instituição. “O nome desse besouro é particularmente comovente por ser provável que espécies desconhecidas estejam desaparecendo o tempo inteiro antes de serem nomeadas. Portanto, é apropriado nomear uma das descobertas mais recentes em homenagem a alguém que está trabalhando tanto para proteger a natureza e as espécies vulneráveis”, explicou.