A equipe de mais de 350 cientistas que, no dia 10 de abril deste ano, publicou pela primeira vez uma foto de um buraco negro, revelou seu próximo projeto: um vídeo colorido em alta resolução de um buraco negro que fica no centro da Via Láctea.
Para isso, o time pretende lançar satélites que complementem a rede já existente de oito telescópios aos quais eles têm acesso. De acordo com os pesquisadores, o equipamento permitirá que eles gravem o buraco negro consumindo a matéria em volta de si.
Ver a movimentação desse corpo — que gira, assim como o planeta Terra — e seu efeito sobre o tempo e o espaço por eles distorcidos representaria um avanço inédito no campo da astronomia, de acordo com os cientistas.
A expectativa é de imagens bonitas e coloridas (após as captações, os cientistas utilizam dados coletados para supor e aplicar cada tonalidade). Conforme o buraco consome aquilo que o rodeia, o material se transforma em um gás superaquecido que muda de cor à medida que se aproxima do centro do corpo. O resultado seria a gravação desse momento de transformação e movimentação em torno do buraco negro.
Os pesquisadores pretendem colocar telescópios terrestres na Groenlândia, França e em países da África para ajudá-los na empreitada. Além disso, pediram recursos para financiar mais três satélites. A rede criada constituiria um super telescópio, capaz de registrar o corpo situado no centro da nossa galáxia em altíssima resolução.
Mais do que satisfazer nossa interminável curiosidade científica, o projeto pode testar as teorias de Albert Einstein de forma ainda mais precisa do que a fotografia do buraco negro do começo deste ano.