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Egito recupera estátua de 3.400 anos do faraó Ramsés II

Artefato retirado ilegalmente do país há pelo menos três décadas estava na Suíça

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 13h03 - Publicado em 22 abr 2024, 12h12
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  • O Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito anunciou neste domingo, 21, que repatriou uma estátua de 3.400 anos de idade do faraó Ramsés II. O artefato histórico agora está no Museu Egípcio do Cairo, onde será restaurado.

    Retirada ilegalmente do país há pelo menos três décadas, a estátua foi observada por autoridades egípcias em 2013, em uma exibição em Londres, e passou por vários países antes de chegar na Suíça, onde foi recuperada. A peça estava sob posse da embaixada egípcia em Berna desde julho de 2023, mas só agora retornou ao seu país de origem.

    A repatriação foi fruto de uma colaboração entre o Ministério de Turismo e Antiguidades, o Ministério de Relações Exteriores e autoridades suíças. “Esta estátua em particular, datando de mais de 3.400 anos atrás, representa a cabeça do Rei Ramsés II e foi roubada de seu templo em Abydos”, disse Shaaban Abdel Gawad, Diretor-Geral da Administração Geral para a Repatriação de Antiguidade, em comunicado. “Ela faz parte de uma estátua de grupo maior que representa o governante ao lado de vários deuses egípcios.”

    Ramsés II foi um dos faraós mais poderosos do Egito antigo, tendo governado entre 1279 e 1213 a.C., durante a XIX dinastia egípcia. Não por acaso, uma imensa estátua desde governante recebe os visitantes do novíssimo Grande Museu do Egito, um dos maiores do mundo, ainda sem data de inauguração.

    COLOSSO - Fachada em forma de pirâmide (à esq.) e a magnífica escultura de Ramsés II instalada no átrio central: milhares de objetos foram recuperados
    COLOSSO - Fachada em forma de pirâmide (à esq.) e a magnífica escultura de Ramsés II instalada no átrio central: milhares de objetos foram recuperados (Sui Xiankai/Xinhua/Zuma Press/Fotoarena/.)

    O retorno da obra faz parte de um grande movimento que busca a repatriação do património histórico e cultural do país. Estima-se que, desde 2014, 27 000 artefatos foram recuperados pelos egípcios, mas objetos de grande importância, como o busto de Nerfertiti e a Pedra de Roseta, permanecem sob posse de museus europeus, especialmente em Londres, Berlim e Paris.

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