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Conheça os ratinhos gerados com esperma enviado ao espaço

As células reprodutivas foram congeladas e armazenadas na Estação Espacial Internacional por nove meses e produziram filhotes saudáveis

Por Da redação
Atualizado em 23 Maio 2017, 18h50 - Publicado em 23 Maio 2017, 18h11
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  • A reprodução de mamíferos pode ser possível no espaço, sugere um estudo feito por cientistas japoneses. Pesquisadores da Universidade de Yamanashi, no Japão, congelaram o esperma de ratos, armazenaram o material por nove meses na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e, de volta à Terra, inseminaram fêmeas com o material. Os filhotes nasceram saudáveis e férteis, segundo o estudo publicado nesta segunda-feira no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)

    É a primeira vez que um experimento do tipo é feito com mamíferos, afirmam os autores. De acordo com os cientistas, o resultado pode ter implicações para futuras colônias humanas estabelecidas no espaço. Na ISS, os níveis de radiação são pelo menos cem vezes maiores que na Terra, o que poderia inviabilizar a reprodução humana.

    “Esse trabalho tem uma importância enorme”, afirmou Steven Peck, biólogo e especialista em bioética da Universidade Bringham Young, nos Estados Unidos, que não participou do estudo, ao site da revista Science.

    Filhotes ‘do espaço’

    Em 2013, a equipe liderada por Teruhiko Wakayama congelou o esperma de doze ratos e enviou metade do material à ISS, onde foi mantido a -95°C por 288 dias, de agosto de 2013 a maio de 2014. A outra metade ficou na Terra, congelada em condições semelhantes. Quando as amostras voltaram a nosso planeta, os cientistas fizeram análises que indicaram que o material levado ao espaço exibia mais danos no DNA que o armazenado em ambiente terrestre.

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    No entanto, quando os pesquisadores inseminaram as fêmeas com as amostras levadas para a ISS, foram surpreendidos pelo nascimento, em três semanas, de 73 filhotes saudáveis – praticamente a mesma quantidade que teria nascido em condições comuns. Os ratos gerados no processo também não exibiam grandes diferenças genéticas se comparados aos filhotes que nasceram a partir das amostras que ficaram na Terra. O estudo sugere que os danos no DNA foram reparados após a fertilização e que não houve impacto para os filhotes.

    “Nosso estudo sugere que é possível a preservação de esperma no espaço por, ao menos, nove meses”, disse Wakayama ao site do jornal britânico The Guardian. “Nosso propósito é descobrir se a reprodução de mamíferos é possível no espaço. Infelizmente, levar ratos vivos ao espaço e cuidar deles é muito difícil. Portanto, decidimos fazer um experimento simples, que poderia ser desenvolvido com nossa tecnologia atual.”

    Os cientistas afirmam, no entanto, que ainda é preciso estudar a reprodução de outras espécies de mamíferos e por períodos mais longos, para se chegar a conclusões específicas sobre a reprodução no espaço. Os próximos passos do estudo incluem o armazenamento de embriões na ISS para verificar como se comportam em situação de microgravidade.

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