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Astrônomos brasileiros descobrem asteroide que passou ‘perto’ da Terra

Corpo celeste é o maior de 2019 a passar a uma distância tão pequena da Terra e não havia sido detectado com antecedência por centros de observação mundiais

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jul 2019, 18h45 - Publicado em 26 jul 2019, 16h26
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  • Um grupo de astrônomos amadores brasileiros detectou um asteroide que passou a “apenas” 71.400 quilômetros da Terra na noite da última quinta-feira 25. Os sócios do Observatório Sonear, de Minas Gerais, foram os primeiros a rastrear o corpo celeste e alertaram a União Astronômica Internacional (UAI) sobre a descoberta.

    O Asteroid 2019 OK tem entre 50 e 130 metros de diâmetro e é o maior a passar a uma distância tão pequena da Terra desde o começo deste ano. Sua velocidade estimada ao redor do Sol é de entre 50 e 60.000 km/h.

    O corpo celeste não representou risco real, mas ficou a uma distância considerada pequena do nosso planeta. Para efeito de comparação, a Lua está a 384.000 quilômetros, uma distância cinco vezes maior do que a do 2019 OK.

    Cerca de 90% dos mais de 1.000 asteroides de mais de 1 quilômetro de diâmetro próximos da Terra já foram identificados pela Nasa e seus parceiros. Por seu tamanho, o 2019 OK não tinha sido detectado pelos maiores centros de observação mundiais com antecedência.

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    Assim que os brasileiros descobriram sua localização, informaram a União Astronômica Internacional (UAI), com sede na França, para que outros astrônomos pudessem observá-lo.

    Minas Gerais

    O Observatório Sonear (ou Observatório Austral para Pesquisas de Asteroides Próximos à Terra), responsável pela descoberta, fica em Oliveira, uma cidade a 160 quilômetros de Belo Horizonte.

    Cristóvão Jacques, diretor sócio do observatório, afirma que a colisão de um asteroide do tamanho do 2019 OK com nosso planeta poderia causar muitos estragos.

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    “Considerando as dimensões do universo, 71.000 quilômetros é uma distância mínima”, diz o engenheiro civil e empresário. “Imagine um asteroide do tamanho de um campo de futebol caindo na Terra. Poderia destruir uma cidade”.

    O projeto ASAS-SN, da Austrália, fez um vídeo que mostra a passagem do Asteroid 2019 OK pela Terra. 

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    Segundo Cristóvão, em média, um asteroide passa por semana entre a Terra e a Lua. A maioria deles, contudo, é muito menor do que o Asteroid 2019 OK.

    O corpo celeste que cruzou o céu nesta semana dá a volta completa ao redor do Sol a cada 2,7 anos e passará novamente próximo à Terra em 2035 e 2086.

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    O Somear usa dois telescópios automatizados para as observações. Além de Jacques, outros dois sócios do observatório acompanham os fenômenos astronômicos por meio de um sistema via internet.

    Desde 2014, o Sonear identificou 32 asteroides e sete cometas que passaram perto da Terra. “Todos os dias entram cerca de 100 toneladas de material do espaço, a maioria pequenas pedras e poeira, na atmosfera”, explica Jacques. “Por volta de duas a três vezes por ano, asteroides de 1 a 2 metros de diâmetro caem na Terra.”

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    Em 2013, um asteroide de 20 metros de diâmetro adentrou a atmosfera terrestre sobre a Rússia. O meteoro caiu na cidade de Cheliabinsko e deixou cerca de 1.000 pessoas feridas.

    No fim de junho, o Asteroid 2019 NO, de 2 metros de diâmetro, entrou na atmosfera, mas não causou danos.

     

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