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As chances de um asteroide cair na Terra aumentaram. Há motivo para alarde?

O risco de impacto do asteroide 2024 YR4 em 2032 aumentou, mas novas observações devem refinar os cálculos e reduzir a chance de colisão

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 fev 2025, 17h20 - Publicado em 10 fev 2025, 17h00

O asteroide 2024 YR4, identificado no final de dezembro, teve sua probabilidade de impacto com a Terra revisada para cima. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), as chances de colisão no dia 22 de dezembro de 2032 passaram de 1,3% para 2,3%, um aumento significativo. No entanto, a tendência é que essa possibilidade diminua nos próximos meses, conforme novas observações forem feitas.

Por que a chance de impacto aumentou?

Sempre que um asteroide é descoberto, sua trajetória ainda tem muitas incertezas. À medida que novas medições são realizadas, os cálculos se tornam mais precisos – e, em alguns casos, o risco inicial pode até subir antes de cair. Foi o que aconteceu com o 2024 YR4: com dados mais refinados, algumas órbitas simuladas passaram a apontar um risco maior de impacto.

Esse tipo de variação é comum e já foi observado em outros asteroides no passado. Com mais tempo de monitoramento, a trajetória do 2024 YR4 deverá ser determinada com mais precisão, o que tende a reduzir a probabilidade de colisão.

O asteroide pode causar estragos?

O 2024 YR4 tem entre 40 e 100 metros de diâmetro, uma estimativa baseada no reflexo da luz solar em sua superfície. Um objeto nessa faixa de tamanho pode causar danos significativos, dependendo do local do impacto. O evento de Tunguska, em 1908, na Sibéria, foi causado por um meteoro de cerca de 30 metros e destruiu uma área equivalente a mais de duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

Se o asteroide atingisse o oceano, o impacto poderia gerar um tsunami. Já se caísse sobre uma cidade, os danos seriam consideráveis. No entanto, o mais provável é que ele passe longe da Terra.

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Quando saberemos se há risco real?

O asteroide voltará a ficar visível para observação em 2028, quando será possível refinar ainda mais os cálculos de sua trajetória. Até lá, a maioria dos asteroides inicialmente considerados ameaçadores tem suas probabilidades de impacto reduzidas para zero.

Caso o risco persista, existem alternativas para mitigar o impacto. Em 2022, a NASA demonstrou que é possível alterar a trajetória de um asteroide ao colidir uma espaçonave contra ele – uma técnica que poderia ser utilizada no futuro, caso necessário.

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