Conforme anunciado por pesquisadores russos, um animal microscópico denominado rotífero bdeloide voltou à vida após passar 24 mil anos congelado no solo congelado da Sibéria. Depois de reaquecido, ele foi capaz inclusive de se reproduzir assexuadamente por meio de um processo chamado partenogênese. A descoberta foi publicada no periódico científico Current Biology.
De acordo com os autores do estudo, trata-se da prova mais concreta que se tem até agora de que animais multicelulares podem sobreviver por milhares de anos em um estado de metabolismo quase totalmente interrompido.
O rotífero bdeloide foi retirado do rio Alazeya, situado no Ártico russo, por meio de uma plataforma de perfuração. Em seguida, os cientistas realizaram a datação por radiocarbono e descobriram que a idade do espécime girava em torno dos 24 mil anos.
Até agora, a sobrevivência documentada do rotífero girava entre seis e dez anos, em temperaturas entre −20ºC a 0ºC. É importante notar que, quanto mais complexo o ser vivo, mais difícil é preservá-lo congelado ainda vivo.
Além desse animal, outros seres multicelulares, como um verme e algumas plantas, apresentaram a habilidade de suportar longos períodos de tempo nesse estado de inércia. Determinados seres unicelulares também são capazes desse feito.