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7 mitos no cuidado com os filhos

A ciência explica porque certos consensos sobre certo e errado devem ser revistos nos primeiros anos de vida da criança

Por Monica Weinberg
9 mar 2018, 12h19
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  • Papinha
    Nada de insistir para a criança que raspar o prato  (IStock/Getty Images)

    O médico Nelson Neumann, coordenador internacional da Pastoral da Criança, elenca crenças muito comuns nas famílias brasileiras sobre o trato com os filhos na primeira infância. Elas são baseadas na repetição de ideias aceitas pelo senso comum, mas sem respaldo em pesquisas científicas. A seguir, Neumann diz quais são as práticas mais recomendadas à luz de descobertas recentes — já adotadas em vários países e chanceladas pela Sociedade Brasileira de Pediatria – e as justifica.

    Mito: Posicionar o bebê de lado no berço, com o amparo de almofadas e rolinhos, para que ele não sufoque caso ponha o leite para fora durante o sono.
    Recomendação: Posicioná-lo de barriga para cima sem nenhum tipo de obstáculo.
    O que diz a ciência: De lado e com o nariz próximo às almofadas, a circulação de oxigênio fica restrita, e a criança se põe em um estágio de sonolência que pode levá-la a “esquecer de respirar”, como se diz em linguagem leiga. Colocar o bebê de barriga para cima reduz em 70% a ocorrência da chamada morte súbita.

    Mito: Deixar o bebê aninhado à mãe na cama é a maneira mais prática de lidar com o choro e a amamentação no meio da noite.
    Recomendação: Não há problema em dormir próximo à criança, mas não colada a ela, em nome da segurança. O melhor é dar até um braço de distância na cama ou colocá-lo no carrinho.
    O que diz a ciência: Quando mãe e bebê dormem próximos, ambos entram em uma espécie de sincronia fisiológica, cumprindo os ciclos do sono em tempo semelhante ao longo da noite. Há mais chances assim de a criança não acordar na fase do sono profundo da mãe – em geral, no meio da madrugada (embora não haja garantia disso).

    Mito: Insistir em acenar com recompensas para a criança raspar o prato quando começa a recusar a comida é bom porque ela se alimentará melhor.
    Recomendação: Esquecer a tática de mais uma colherzinha quando a criança der sinais de estar satisfeita.
    O que diz a ciência: Oferecer sistematicamente mais comida do que ela quer sedimenta o hábito de comer mesmo já estando saciada, em troca das tais recompensas. No longo prazo, pode ser o gatilho para o sobrepeso. Não há nenhum problema em que a criança seja magra, desde que esteja crescendo. Se não estiver, o caminho é procurar um médico – e não resolver na base das colheradas extras.

    Mito: Cortar gordura da alimentação da criança ajuda mantê-la saudável e no peso certo.
    Recomendação: Preservar as gorduras animal e vegetal é essencial para uma nutrição completa.
    O que diz a ciência: A vitamina A, por exemplo, vital para a proteção contra infecções, só é absorvida pelo organismo na presença de gorduras.

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    Mito: Não é preciso higienizar a boca do bebê depois de amamentá-lo, uma vez que o leite materno não contém açúcar.
    Recomendação: Passar uma fralda úmida nas gengivas.
    O que diz a ciência: A falta deste procedimento simples está diretamente ligada ao aumento das chances de a criança vir a ter cárie depois.

    Mito: O uso da chupeta sempre deforma a arcada dentária, e a criança vai ter que usar aparelho quando crescer.
    Recomendação: Se o bebê usar chupeta, o amamente.
    O que diz a ciência: Ao mamar, o bebê exercita a musculatura da boca a um ponto tal que o efeito negativo da chupeta fica neutralizado. Mesmo assim, depois de seis meses, o mais indicado é que não use chupeta.

    Mito: Se o bebê nascer a partir de 38 semanas de gravidez, estará dentro da faixa de normalidade.
    Recomendação: Esperar o trabalho de parto (ainda que seja o caso de uma cesariana) ou fazer exames físicos frequentes e até ultrassons na reta final para monitorar o amadurecimento do bebê.
    O que diz a ciência: Como se está tratando apenas de um cálculo estatístico, com 38 semanas de gestação a maioria dos bebês não está pronta para nascer. O pulmão, por exemplo, pode ainda não estar inteiramente formado.

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