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Witzel celebra PM e cobra ações de snipers em comunidades do Rio

Sequestrador de ônbus na ponte Rio-Niterói foi abatido por atirador de elite do Batalhão de Operações Especiais

Por Leonardo Lellis Atualizado em 20 ago 2019, 13h22 - Publicado em 20 ago 2019, 10h19
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  • O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (RJ), parabenizou o trabalho da Polícia Militar no encerramento de um sequestro a um ônibus na manhã desta terça-feira, na Ponte Rio-Niteroi. Um sniper do Batalhão de Operações Especiais matou o criminoso e o governador cobrou que o mesmo tipo de ação possa ser repetida nas comunidades do Rio de Janeiro.

    “Muitas pessoas não entendem o trabalho da polícia que, às vezes, tem que ser dessa forma. Se não tivesse abatido esse criminoso, muitas vidas não seriam poupadas”, disse Witzel — na última semana, seis jovens desarmados morreram em ações policiais ou por bala perdida em comunidades da capital fluminense.

    O governador chegou de helicóptero à ponte Rio-Niterói logo após o fim do sequestro e desceu da aeronave vibrando. Em entrevista no local, ele disse que que a decisão de atirar no sequestrador foi técnica e partiu da polícia que atuava na ocorrência. Também afirmou que colocou a secretaria de vitimização do governo à disposição dos reféns, que foram libertados sem ferimentos, e à família do sequestrador.

    “Não foi a melhor solução possível, o ideal era que todos saíssem com vida, mas tomamos a decisão de salvar os reféns”, disse o governador. Witzel ainda disse ter conversado com parentes do sequestrador, que pediram “desculpas à sociedade”. “Falaram que houve uma falha na educação, a mãe dele estava chorando muito”, contou.

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    Ele acrescentou que o sequestrador teria transtornos mentais. Segundo a polícia, o homem teria registro de vigia, embora ainda não sabia se ele exercia esta profissão. O sequestrador carregava uma garrafa de gasolina e chegou a ameçar atear fogo no coletivo. A arma usada na ação era de brinquedo.

    Mais tarde, durante coletiva, o governador justificou sua vibração ao chegar de helicóptero na ponte. “Não me contive porque nenhum refém morreu. No momento em que eu desci do helicóptero, as pessoas aplaudiram, não porque matamos um indivíduo, mas por salvarmos 37 pessoas”, afirmou.

    Sequestro

    O sequestro começou por volta das 6h e durou cerca de três horas. O criminoso foi atingido por um tiro de sniper quando estava próximo à porta do veículo e, segundo a Polícia Militar do Rio de Janeiro, os reféns foram liberados sem ferimentos. Antes de o sequestro terminar, seis reféns haviam sido libertados. Os dois primeiros foram duas mulheres que passaram mal. Elas receberam atendimento médico.

    Depois disso, dois homens e duas mulheres também foram liberados — uma mulher desmaiou assim que saiu do veículo. A ação criminosa provocou a interdição total da ponte. Antes de ser rendido, o sequestrador chegou a sair algumas vezes do veículo: ele usava uma camiseta branca, calça preta, um boné e um lenço preto escondia parte de seu rosto.

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