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Violência tira Largo da Batata do roteiro de blocos no Carnaval de SP

Houve registro de roubos e confusão no local; eventos afetados pela mudança são o Não Serve Mestre, Me Lembra que Eu Vou e Latinha Mix

Por Estadão Conteúdo 3 mar 2019, 22h48

A Prefeitura de São Paulo decidiu remanejar, por questão de segurança, o trajeto dos blocos de Carnaval previstos para passar na segunda 4 e na terça-feira 5 pelo Largo da Batata, na região oeste da capital paulista. A Prefeitura afirma que a mudança ocorreu porque a concentração criada por “eventos não oficiais” no local levou ao registro de roubos e confusão.

O jornal O Estado de S.Paulo observou, por volta das 18h30 deste domingo, 3, um grupo fazendo arrastão entre os foliões, apesar do esquema de segurança. O Comando da Polícia Militar informou que três pessoas foram detidas e levadas ao 14º DP.

Desde o pré-Carnaval, a grande concentração de pessoas que permanece no local mesmo depois do encerramento dos blocos na região oeste tem causado confusão. Nos últimos dois sábados, a Polícia Militar usou bombas para dispersar os foliões. Na tarde de sábado 2, a polícia chegou a fazer cordões de isolamento para evitar arrastões.

Os blocos Não Serve Mestre e Me Lembra que Eu Vou, marcados para esta segunda-feira, tiveram a concentração alterada para a rua Henrique Schaumann, na altura da Teodoro Sampaio. Já o Bloco da Latinha Mix terá concentração na Avenida Pedro Álvares Cabral. A programação dos demais blocos, incluindo os demais da zona oeste, permanece sem alteração.

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Na internet, os coordenadores do Me Lembra que eu Vou lamentaram os incidentes e destacaram que o cortejo vem sendo preparado há dez meses. Patrícia Monteiro, uma das fundadoras do Não Serve Mestre, afirmou que os organizadores foram convocados pela Prefeitura no sábado para discutir opções de remanejamento. “Nos disseram que estava muito perigoso. Muitas brigas, roubos, arrastão. A gente ainda não sabe como vai ser essa mudança. É complicado, mas não podemos colocar a integridade física das pessoas em risco.”

Há pelo menos três anos a grande aglomeração de pessoas no Largo da Batata e a ação de vendedores clandestinos desafiam a Prefeitura e a polícia. Em 2017, o então secretário de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, admitiu que a folia no Largo da Batata “saiu do controle”. Na ocasião, a expectativa era de que 250.000 pessoas fossem para o local no fim de semana de pré-Carnaval, mas o público registrado foi quase três vezes maior. Este ano, apenas no sábado, havia 400.000 foliões na área.

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