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Termina reunião de Temer para discutir confronto em Roraima

Brasileiros e venezuelanos entraram em conflito depois de um comerciante de Pacaraima ter sido assaltado, supostamente por quatro venezuelanos

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 19 ago 2018, 16h50 - Publicado em 18 ago 2018, 22h24
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  • Acabou a reunião de emergência convocada pelo presidente Michel Temer para este domingo (19), às 10h, no Palácio do Jaburu, sua residência oficial,  para avaliar a situação em Roraima. Neste sábado (18), brasileiros e venezuelanos entraram em conflito depois de um comerciante de Pacaraima ter sido assaltado, supostamente por quatro venezuelanos.

    Revoltados com o fato de as ruas da cidade estarem tomadas por acampamentos improvisados de venezuelanos, expulsos de seu país por conta da crise econômica, social e política, provocada pelo governo Nicolás Maduro, os moradores de Pacaraima, depois do violento assalto, resolveram reagir à presença dos venezuelanos, tocando fogo nos acampamentos e nos pertences deles, forçando-os a deixar o Brasil. O clima é de tensão e preocupa as autoridades brasileiras.

    Participaram da reunião os ministros da Defesa, Joaquim Luna e Silva, da Segurança, Raul Jungmann, da Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, da Educação, Rossieli Soares, de Minas e Energia, Moreira Franco, e o secretário-geral das Relações Exteriores, Marcos Galvão.

    Por enquanto, o governo federal ainda não enviou reforço para a cidade fronteiriça com a Venezuela. Mas um avião da Força Aérea e homens da Força Nacional de Segurança Pública já estão prontos para serem embarcados, se houver necessidade.

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    O governo federal teme que a situação tensa em Pacaraima se estenda para Boa Vista e possa gerar um confronto generalizado nas duas cidades. Os brasileiros que moram em Roraima se queixam da criminalidade ter aumentado no estado e da situação crítica que se vê nas cidades, por conta da “invasão” de venezuelanos, que criaram um colapso no sistema público local, além de estarem espalhados em acampamentos improvisados em todos os pontos das cidades.

    O governo de Roraima tenta conseguir fechar a fronteira para os venezuelanos, mas a medida é rejeitada pelo Planalto. O problema acaba se agravando, com disputas politicas e acusações de parte a parte, turbinado pelo momento eleitoral.

    Conflito

    A revolta deste sábado começou em decorrência do assalto a um dos moradores de Pacaraima, o comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, de 55 anos, que teve a casa invadida e foi espancado durante um assalto que teria sido praticado por quatro venezuelanos. Atingido na cabeça, o homem foi levado para uma hospital da capital, Boa Vista, por causa dos ferimentos.

    Os governos estadual e federal estão reforçando os hospitais, caso haja necessidade de atendimento, e mais policiais do estado e de tropas federais foram convocados para reforçar a segurança. Em Pacaraima, o Exército está reforçando a segurança do perímetro do acampamento legalizado para evitar invasões ou ameaças. O governo federal quer evitar novos confrontos e o por isso, o patrulhamento na cidade foi aumentado.

    A Polícia Federal deportou os venezuelanos que estavam em situação irregular. O governo quer evitar novos confrontos e o patrulhamento na cidade foi aumentado.

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    De acordo com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, “a situação está tensa, mas se estabilizou e está sob controle”. Ele informou que requisitou um avião da Força Aérea para transportar uma equipe de reserva da Força Nacional, de Brasília, para reforçar a segurança local se houver necessidade. O presidente Michel Temer está sendo informado e as autoridades federais estão monitorando e acompanhando o desenrolar dos acontecimentos no local.

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