A ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu habeas corpus permitindo que a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador Sérgio Cabral, fique em prisão domiciliar. A decisão foi divulgada pela corte na noite desta sexta-feira.
Adriana foi presa em 6 de dezembro e levada para o Complexo Prisional de Bangu, Zona Oeste do Rio. Ela é acusada de envolvimento em crimes de corrupção praticados pelo seu marido e outras pessoas. Segundo as investigações, há evidências de que a ex-primeira-dama recebeu dinheiro de operadores financeiros do ex-governador e teria usado seu próprio escritório de advocacia, o Ancelmo Advogados, para lavar dinheiro de propina destinado ao marido.
Ela havia recebido o benefício da prisão domiciliar no dia 17, em decisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, mas a medida havia sido cassada, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Os advogados de Adriana recorreram ao STJ, que decidiu em caráter liminar pela saída dela de Bangu. O motivo alegado pela defesa é que ela tem dois filhos menores de idade para cuidar, de 11 e 14 anos, que estão privados da convivência de ambos os pais – pois Cabral também está preso.
(Com Agência Brasil)