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Soninha Francine assume namoro com ex-morador de rua

Ao falar de relacionamento com Paulo Sergio Rodrigues Martins, que morou 20 anos na rua em diversas cidades, ela também critica Dória

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h10 - Publicado em 17 jun 2017, 22h55
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  • Demitida em abril da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo, em um vídeo constrangedor apresentado por João Dória Jr., a vereadora Soninha Francine fez críticas ao tucano e falou de sua vida pessoal — pela primeira vez, contou que namora um ex-morador de rua, Paulo Sergio Rodrigues Martins, que conheceu há quatro anos durante uma ação social com amigos em São Paulo — em entrevista ao Estadão. “Ele tava ‘bem Johnson'”, disse ela, se referindo ao fato de Martins ser alcoólatra quando se conheceram. Ele está sóbrio há alguns meses. Apesar de “imundo”, em “estado lamentável”, com “a barba toda emaranhada”, ela se apaixonou no primeiro dia.

    “Gostei dele no dia que o conheci, e ele foi bem antipático comigo, foi bem refratário ao contato”, disse. “Eu participava de um trabalho social com população de rua, meu e de dois amigos, e o método e o objetivo era fazer amizade. Então a gente saía pela rua puxando assunto, puxando conversa, fazendo amizade. Não tínhamos essa meta original de tirar as pessoas da rua, das drogas, de reaproximá-las da família. Isso podia surgir, mas era primordialmente uma relação de amizade. O amigo tá ali pra falar, ouvir, fazer companhia. E aí algumas amizades nasciam fácil, no primeiro contato a gente já ficava bem próximo, tinha uma empatia fácil. Mas quando eu conheci o Paulo, ele não queria conversa, nada, nem um pouco. Me olhou feio, feio! Tava péssimo! Cara, e aí eu pensei: ‘Vou derreter essa carapaça’.”

    Os dois hoje moram juntos. “Hesitei muito. Era um cara super impulsivo, de emoções extremadas. Na rua a gente já tinha desentendimentos. Mas a gente tinha que namorar em algum lugar. E criei coragem”, contou a vereadora. Paranaense, Martins morou 20 anos nas ruas de diversas cidades. Sobre as brigas, ela disse que melhoraram, porque ele parou de beber. Teve um tempo em ele que ficava de castigo, dormia no carro. É difícil brigar com alguém que não tem endereço. Mas agora dá pra dizer que a gente está junto, porque agora ele parou de beber. Foram muitos anos de pinga. Da hora que acordava até a hora que dormia.”

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    Quanto a Dória, o criticou por, como Donald Trump, ter excesso de confiança. “Aquela coisa do excesso de confiança tá pegando. Uma coisa bem personalista, assim ‘deixa comigo’, sabe?” Ela também voltou a criticar a ação da prefeitura na Cracolândia, foco de usuários de crack que se espalhou pelo centro de São Paulo. “Só depois da ação policial ter terminado, e de ter comemorado o fim da Cracolândia, é que a Prefeitura começou a tomar as providências com os usuários. E muito destrambelhadamente, aquela coisa de no dia seguinte ir lá e querer derrubar imóvel pra mostrar a reconquista do espaço, aquilo foi muito desastrado. Eu jamais teria concordado com aquilo. Eu ia ter espanado ali.”

     

     

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