Sem manutenção, viaduto desaba em avenida do centro de Brasília
Vaiado durante visita ao local, governador Rodrigo Rollemberg (PSB) admite que estrutura não recebeu manutenção adequada; até o momento, não há vítimas
Um trecho do viaduto de uma das mais importantes vias de Brasília, conhecida como Eixão Sul, sobre a Galeria dos Estados, desabou por volta das 12 horas desta terça-feira – uma fração à direita da construção caiu. Segundo o governo do Distrito Federal, não foram encontradas vítimas até o momento – quatro veículos foram danificados. Quatro unidades da Defesa Civil estão no local. Com a ajuda de cães farejadores, bombeiros inspecionam a área.
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que foi ao local, admitiu que o viaduto não tinha recebido manutenção recente. “Brasília é uma cidade que está envelhecendo. É uma cidade feita de concreto. Desde o início do governo fizemos obras de reforço em alguns viadutos da região central. Esse infelizmente não tinha recebido manutenção”, disse. Cercado por assessores, ele foi vaiado por dezenas de pessoas que acompanhavam os trabalhos de resgate.
Em nota, o Governo do Distrito Federal afirma que Rollemberg “determinou que todos os órgãos de governo atuem de forma rápida e coordenada para garantir a segurança da população, minimizar os impactos do acidente no centro da cidade e assegurar a recuperação da estrutura”. A área central está interditada e não há previsão de quando será liberada.
O Eixão corta os bairros da Asa Sul e da Asa Norte, no Plano Piloto de Brasília, e está a 3 quilômetros do Palácio do Planalto. O trecho da via onde o viaduto caiu servia de teto para várias lojas e outros empreendimentos. O pedaço que caiu, no entanto, atingiu a parte de trás de uma churrascaria.
O bancário Lindemberg Igor Silva, 50 anos, é um dos donos dos quatro veículos danificados com a queda do viaduto. Ele conta que havia estacionado a Toyota Hilux momentos antes do acidente e que chegou a ouvir um forte estrondo. Silva foi informado pelo Corpo de Bombeiros que seu carro ficou completamente destruído. Ele, que costumava estacionar sempre nos arredores do local, disse que já havia observado ferrugem e ferros aparentes embaixo do viaduto. “A sensação [de sair ileso] é de um alívio imenso”, afirmou.