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Secretário de Doria discute e ameaça ‘quebrar a cara’ de ativista

Reunião visava discutir possível proposta de parceria em casa de cultura, mas termina em briga; em nota, secretário ‘lamenta’ postura, mas critica movimento

Por Da Redação
30 Maio 2017, 16h05
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  • André Sturm
    André Sturm, secretário municipal de Cultura de São Paulo (Mario Rodrigues/VEJASP/Dedoc)

    Uma reunião entre o secretário municipal de Cultura de São Paulo, André Sturm, e integrantes do Movimento Cultural Ermelino Matarazzo, da zona leste da capital, terminou em briga na semana passada. Um áudio divulgado nas redes sociais traz parte da conversa e é possível ouvir o momento em que o auxiliar do prefeito João Doria (PSDB) ameaça “quebrar a cara” do ativista Gustavo Soares, que o havia chamado de “totalmente desequilibrado” durante a discussão, sobre a gestão de um espaço público no bairro.

    O encontro foi para tratar sobre a continuidade ou não de um projeto de fomento cultural que o movimento realiza em um terreno público da Prefeitura. O trecho publicado na página do grupo no Facebook mostra o momento em que a Secretaria de Cultura acabou de apresentar a proposta e os militantes começam a se contrapor a esta. A administração exige que, para a continuidade do projeto, o movimento tenha que se regularizar juridicamente junto à Secretaria e firmar um contrato de parceria para poder permanecer, condição à qual os militantes discordam.

    Gustavo Soares argumenta que, se a Prefeitura não vai se comprometer com uma ajuda financeira, ele prefere então que o grupo mantenha sua atuação “autônoma”, ao que André Sturm diz que isso é impossível, uma vez que o terreno ocupado é público, pertencente à Prefeitura. Apesar de uma das colegas de Soares presentes argumentar que o grupo tem “legitimidade com a comunidade” para ocupar a área, o secretário reafirma a necessidade da regularização da situação jurídica do movimento.

    André Sturm, que em nota enviada a VEJA afirmou que “lamenta” a postura adotada e se desculpa com o rapaz, deixa claro que se o grupo se regular a firmar o acordo de parceria, a administração vai retirá-los do local, o que inicia uma discussão. Depois do rapaz ironizar a “gestão eficiente” e questionar se o secretário que “é dono”, Sturm questiona o “discursinho babaca” dos militantes e chama Gustavo de “chato”, ao que este o classifica como “desequilibrado“.

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    Ouça a discussão em áudio postado pelo Movimento Cultural Ermelino Matarazzo

    “Desequilibrado é você. Se você falar assim, eu vou quebrar a sua cara”, respondeu o auxiliar de Doria, acusado na sequência de ameaçar agredir o militante. Depois de reiterar, “eu não vou quebrar a sua cara porque eu não quero sujar a minha mão”, Sturm escuta que Soares fará um boletim de ocorrência e critica: “Faz um boletim de ocorrência, isso mesmo. Super democrático, bacana, articulado. Vai trabalhar”.

    O movimento publicou uma nota de repúdio em que “repudia a atitude autoritária, antidemocrática, reativa e de coação” do secretário. O grupo alega que um “convênio sem aporte financeiro” não interessa, pois traria “extrema burocratização”, e que Sturm não conhece os “processos democráticos que legitimam esta ocupação”. O secretário, por outro lado, argumenta que o movimento buscava “apenas obter recursos públicos, sem prestação de contas” e que a intenção do encontro era justamente ofertar uma parceria “que visava a manutenção do grupo no espaço, com autonomia e segurança”.

     

     

     

     

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