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Roraima espera maior migração de venezuelanos em 2017

O número de pedidos de refúgio ao Brasil cresceu 3.000% de 2015 para 2016

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2017, 11h31 - Publicado em 18 fev 2017, 11h29
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  • Em busca de uma melhor qualidade de vida e fugindo das crises política e econômica no país, milhares de venezuelanos estão migrando para o Brasil. De 2015 para 2016, o número de pedidos de refúgios de venezuelanos ao Brasil cresceu 3.000%. O êxodo se aprofundou nos últimos meses, após anos seguidos de crise econômica e social, quando a inflação na Venezuela pode ter chegado a 700%. Além do custo de vida elevado, os venezuelanos enfrentam escassez de alimentos, remédios e até produtos básicos de higiene.

    A maioria dos venezuelanos chega ao Brasil pela fronteira com o estado de Roraima a desses produtos e emprego. Só no ano passado, cerca de 30 mil ingressaram em Roraima, segundo estimativas do governo estadual. O Ministério da Justiça calcula em 15 mil migrantes.

    Segundo o secretário nacional de Justiça e Cidadania, Gustavo Marrone, com o agravamento da crise na Venezuela, a expectativa é uma migração ainda maior este ano. “Na verdade, houve uma diminuição do fluxo migratório no começo deste ano porque a Venezuela fechou a fronteira, mas a gente não espera uma diminuição nesses primeiros meses. Na verdade, a gente espera um aumento do fluxo”, afirmou Marrone.

    Caso essa previsão de aumento se concretize, Roraima vai precisar da ajuda federal para conseguir receber e atender tantos venezuelanos, conforme o coordenador do Gabinete Integrado de Gestão Migratória, coronel Edivaldo Cláudio Amaral. “O estado de Roraima não está preparado para enfrentar essa situação. É uma situação muito difícil e a qual a gente deu uma resposta nesse primeiro momento”.

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    O estado, por exemplo, decretou situação de emergência na área de saúde nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, em dezembro passado, alegando não ter estrutura física para atender a demanda por consultas, internações e medicamentos para brasileiros e venezuelanos. O decreto de emergência valerá por seis meses.

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    No Pronto Atendimento do Hospital Geral de Roraima, o atendimento a estrangeiros subiu 380% nos dois últimos anos, saltando de 320, em 2014, para 1.240, em 2016.

    Em 2016, os atendimentos médicos a venezuelanos já atingiam o percentual de 60,25% do total de atendimentos a estrangeiros. O índice de internação de venezuelanos ultrapassou o de brasileiros: a cada 100 pacientes internados na capital de Roraima, 13 são da Venezuela e cinco do Brasil.

    (Com Agência Brasil)

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