A Polícia Federal cumpre mais três mandados de busca e apreensão e outro de condução coercitiva na manhã desta quarta-feira, no Rio, como complemento à Operação Ponto Final, deflagrada segunda-feira para desarticular uma organização criminosa que atuava no transporte público.
A ação é um desdobramento da Operação Lava Jato, realizada em parceria com o Ministério Público Federal. Na segunda, foram realizadas onze prisões — oito no Rio de Janeiro e uma em Santa Catarina — e apreendidos 2,3 milhões de reais, dezessete mil euros e oito mil dólares, além de 49 caixas com joias, relógios e outros objetos não especificados.
Um dos alvos da operação foi Jacob Barata Filho, um dos maiores empresários do ramo de ônibus do Rio, detido na noite de domingo no Aeroporto Internacional Tom Jobim, enquanto tentava embarcar para Portugal. Também foram presos Lélis Marcos Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), e Rogério Onofre, ligado ao Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro).
As investigações apontam que ao menos 260 milhões de reais em propina foram pagos pelos investigados a políticos do estado, que não foram identificados. A operação se baseia nas delações premiadas do doleiro Álvaro Novis e do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Jonas Lopes.
Os policiais fizeram buscas nas cidades de São Gonçalo e Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Santa Catarina.