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Propina de refinaria custeou obra do tríplex, diz Léo Pinheiro

Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, afirma que as reformas no apartamento atribuído a Lula no Guarujá foram pagas com desvios de uma refinaria da Petrobras

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 abr 2017, 12h02 - Publicado em 20 abr 2017, 21h41
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  • Léo Pinheiro e João Vaccari Neto - e (Luis Macedo/Agência Câmara e Marcelo Camargo/VEJA)

    O empresário Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, revelou em seu depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta quinta-feira que o valor do tríplex que a OAS reformou para o ex-presidente Lula no Guarujá (SP) foi compensado com propina da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, conhecida como Refinaria do Nordeste (RNEST). Ele diz que teve vários encontros com Paulo Okamotto e com João Vaccari Neto para saber como “formalizariam” os documentos para transferir o apartamento para Lula e como seria paga a diferença, já que inicialmente o apartamento tinha 80 metros quadrados e a proposta mudou para um tríplex de 240 metros quadrados.

    Conforme o empreiteiro, Okamotto e Vaccari sempre pediam para esperar não apresentavam uma solução definitiva. “Mas a reforma já tinha sido feita e gasta. Eu avisei ao João Vaccari, o investimento já estava feito, um investimento muito alto. O lucro daquele empreendimento praticamente o estava indo embora na reforma que estava fazendo num apartamento só, de cento e tantos apartamentos”, disse Léo Pinheiro. A solução, então, foi encontrada: “A OAS Empreendimentos não teve prejuízo na reforma porque foi paga através da RNEST, da obra da Petrobras, do encontro de contas dela e de outras obras”, afirmou ele.

    Segundo Léo Pinheiro, o tríplex passou a pertencer a Lula no momento em que a OAS assumiu as da Bancoop, a cooperativa habitacional dos bancários de São Paulo. “Já me foi dito que era do presidente Lula e de sua família, que eu não comercializasse e tratasse aquilo como uma coisa de propriedade do presidente”, disse ele.

    O empreiteiro também foi questionado no interrogatório sobre a origem dos recursos para a reforma do tríplex. “Eu usei valores de pagamentos de propina para poder fazer um encontro de contas, ao invés de pagar x, paguei x menos despesas que entraram no encontro de contas. Não saiu caixa, houve apenas o não pagamento do que era devido”, disse ele. “Quando dona Marisa e o presidente estiveram no apartamento, e nós fizemos o projeto, eu levei para Vaccari e isso fez parte de um encontro de contas com ele. Vaccari me disse naquela ocasião que como se tratavam de compromissos pessoais, ele iria consultar o presidente. Voltou pra mim e disse: ‘você pode fazer o encontro de contas’. Então, sem dúvida se ele [Lula] sabia ou não, claro que ele sabia”.

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    O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, rebateu as acusações do empreiteiro. Segundo o defensor, Léo Pinheiro mentiu no depoimento a Sergio Moro. “O que nós vimos hoje foi uma encenação, uma mentira contada pelo senhor Léo Pinheiro, que está negociando uma delação premiada. Mas a declaração dele jamais vai se sobrepor ao depoimento prestado por 73 testemunhas e diversos documentos que estão no processo e que demonstram de uma forma cabal que o apartamento não é do ex-presidente Lula e que ele não teve qualquer participação em ilícitos da Petrobras. A declaração do Léo Pinheiro é uma mentira. Ele não tem como provar e é uma mera declaração de uma pessoa que negociou uma versão com o Ministério Público.”

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