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Prefeito de Ponta Porã pede reforço em fronteira após fuga de presos

Neste domingo, 75 detentos, entre eles lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), escaparam da penitenciária de Pedro Juan Caballero, no Paraguai

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 jan 2020, 17h08
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  • O prefeito de Ponta Porã (MS), Hélio Peluffo Filho, define a fronteira da cidade com o Paraguai da seguinte maneira: “Bota um pé de um lado está no Paraguai. Bota o pé para cá e está no Brasil”. Em entrevista a VEJA neste domingo, o prefeito falou sobre a facilidade que é cruzar de um país para o outro. “Não temos obstáculos naturais, nem físicos, nem nada. São mais de 800 quilômetros de fronteira seca. É uma situação diferente de qualquer lugar”, afirmou.

    Neste domingo, 75 detentos, entre eles lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), fugiram da penitenciária de Pedro Juan Caballero, cidade fronteiriça com Ponta Porã. O governo paraguaio apura se os fugitivos escaparam por um túnel que foi encontrado no presídio ou se agiram com a cumplicidade dos agentes penitenciários.

    De acordo com o prefeito de Ponta Porã, o governo estadual, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal se mobilizaram para reforçar as vias da região. “Todas as forças do estado estão deslocadas para cá. A providência foi no sentido de fazer barreiras nas divisas, nos municípios e do estado”, disse Hélio Peluffo.

    Ele contou ainda que o secretário municipal de segurança, Marcelino Nunes, foi ao Paraguai neste domingo para acompanhar os desdobramentos da fuga dos presos.

    “Há brasileiros entre os detentos que fugiram, mas todos são de cidades fora daqui. O que o secretário me colocou é que a tendência é que essas pessoas procurem retornar ao estado de origem”, afirma o prefeito, dizendo que a cidade deve manter o clima de tranquilidade. “Eles não vão vir passear em Ponta Porã. O negócio deles é lá, não é aqui”, pontuou.

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    Apesar disso, Peluffo afirma que a segurança da fronteira deve ser discutida a nível nacional. “Se não tivermos uma política nacional para resolver isso, o problema vai ser eterno. Não tem estado ou município capaz de resolver uma questão que é geopolítica. Precisa-se sentar à mesa, precisa-se de investimentos e de um programa nacional para resguardar as fronteiras”, afirmou o prefeito.

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