A aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pessoas presas foi cancelada em 13 unidades prisionais por causa de greves de agentes penitenciários e de rebeliões de detentos. A edição especial do Enem aconteceu nos dias 12 e 13 de dezembro e não está prevista uma nova prova onde houve cancelamento.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), no primeiro dia, a aplicação foi cancelada em nove unidades prisionais de Maceió, e uma em Girau do Ponciano (AL), em função de greve dos agentes penitenciários.
Em uma unidade prisional de Itaitinga (CE) e, em uma unidade em Cascavel (PR), a aplicação foi cancelada por causa de rebeliões. No segundo dia, foi necessário cancelar a aplicação em uma unidade prisional de Marabá (PA), por causa de rebelião.
Em Paulo Afonso (BA), houve interrupção temporária de energia em uma unidade, onde foi acionado um gerador para garantir que os participantes terminassem as provas. Outra ocorrência foi registrada em Rio Branco, onde um detento não inscrito tentou se passar por participante. Uma pessoa foi eliminada por descumprimento às regras gerais do edital.
Dos 31.765 inscritos para fazer o Enem em unidades prisionais e socioeducativas, 74% participaram no primeiro dia e 70% no segundo dia. O Enem especial foi preparado para 1.078 unidades prisionais de 577 municípios.
Segunda chance
Também foi realizada nesta semana a segunda aplicação da prova para os participantes da prova regular que tiveram direito ao benefício. Segundo o Inep, das 3.886 pessoas com o direito, 1.100 compareceram às provas.
A nova oportunidade foi dada aos participantes que registraram reclamações, para cumprir decisões judiciais ou solicitações do Ministério Público Federal (MPF). Entre os motivos para a segunda aplicação estão a interrupção do fornecimento de luz nos locais de prova e outros problemas.
A aplicação regular do Enem ocorreu em 5 e 12 de novembro, pela primeira vez em dois finais de semana seguidos. Os resultados serão divulgados em 19 de janeiro de 2018.