Policiais militares do Ceará decidem pelo fim do motim
Agentes que estavam no 18º Batalhão da Polícia Militar votaram pelo encerramento da paralisação que durou treze dias
Chegou ao fim o motim dos policiais militares no Ceará. O grupo fez uma votação neste domingo, 1º, e decidiu colocar um ponto final na paralisação no 18º Batalhão da PM, em Fortaleza, que já durava treze dias. Os policiais aceitaram a proposta feita pela comissão especial formada pela Assembleia Legislativa, Ministério Público, Tribunal de Justiça e a OAB do Estado. A anistia para os envolvidos na greve, principal ponto pedido pelos militares, não faz parte do acordo.
A proposta garante que os policiais terão apoio a um processo legal sem perseguição, com amplo direito a defesa e contraditório e o apoio de instituições como a OAB, a Defensoria Pública e o Exército. O governo também não poderá transferir policiais para o interior nos próximos dois meses. Também há um acordo para revisão dos salários do grupo.
Até a última até terça-feira 25, cerca de 200 pessoas haviam sido assassinadas desde o início do motim. A Secretaria de Segurança Pública deixou de divulgar os números por causa da repercussão negativa. Entre os manifestantes, já são 230 militares que respondem processos administrativos e estão afastados dos cargos por 120 dias.
O acordo entre o grupo do governo e os líderes do motim prevê que os policiais militares retomem seus postos já nesta segunda-feira 2.