Polícia Militar se prepara para ocupar presídio rebelado no RN
Governo fará ação definitiva para encerrar motim que chegou ao sétimo dia nesta sexta; muro deve ser construído para separar facções
Por Da redação
Atualizado em 20 jan 2017, 15h36 - Publicado em 20 jan 2017, 13h28
A Polícia Militar se prepara para nova incursão na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, para pôr fim ao confronto de detentos, rebelados desde sábado. A ação é esperada até o final do dia. Os policiais devem formar uma “muralha humana” para isolar as facções, até que uma barreira física seja erguida separando presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) dos membros do Sindicato do Crime RN.
Nesta quinta, a penitenciária viveu um dos seus piores dias desde o início da rebelião, com novo enfrentamento entre os grupos. Além das já conhecidas armas improvisadas, como lanças e escudos, os presos utilizaram armas de fogo e queimaram um edifício perto do Pavilhão 3. O conflito seguiu até a entrada da Polícia Militar, por volta das 16h. Ao todo, já foram confirmados dois mortos neste novo motim, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.
A partir desta sexta-feira, as Forças Armadas reforçam o patrulhamento das ruas de Natal, palco de ataques atribuídos a criminosos ligados ao Sindicato do Crime RN, em represália à transferência de presos. Após pedido feito pelo governador Robinson Faria (PSD), atendido pelo presidente Michel Temer, militares foram deslocados de estados vizinhos, sobretudo da Paraíba, para fazer o policiamento na cidade.
Balanço de ocorrências divulgado pela Sesed informa que foram registradas, até o momento, dezessete prisões, além da apreensão de armas, drogas, munição e combustíveis. O número de ataques também subiu, chegando agora a 34: 26 ônibus, seis carros de passeio, um caminhão e o prédio da Delegacia da Mulher de Caicó, na Grande Natal.
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