Agentes da Polícia Federal realizaram nesta terça-feira uma vistoria no apartamento do Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde o ex-governador Sergio Cabral e a mulher, Adriana Ancelmo, moravam com os dois filhos antes de serem detidos. O objetivo da busca era verificar se o imóvel cumpre os pré-requisitos da prisão domiciliar concedida a Adriana, entre eles a proibição de acesso a telefone e internet.
Os policiais passaram mais de uma hora no apartamento. Também estiveram na portaria do prédio, conversaram com funcionários e vistoriaram o interfone do apartamento, que também não poderá ser usado. Na saída, a PF informou que vai entregar o laudo à justiça, mas um dos policiais deixou escapara que o imóvel “está apto”.
A defesa da ex-primeira-dama entrou com pedido de prisão domiciliar em março, alegando que seus dois filhos, de 11 e 14 anos, não podiam ficar sem a presença de pelo menos um dos pais. Inicialmente aceito, o pedido foi em seguida revogado pelo Ministério Público.
Os advogados recorreram ao Supremo Tribunal de Justiça e na sexta-feira (24) a juíza Maria Thereza de Assis Moura autorizou a transferência de Adriana do complexo penitenciário de Bangu para o apartamento, de onde não poderá sair. As visitas também estarão restritas a familiares próximos e advogados.
Não há data prevista para o início da prisão domiciliar. Ré na operação Calicute, desdobramento da Lava-Jato no Rio, Adriana Ancelmo está detida desde dezembro e responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.