A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal cumprem nesta segunda-feira, 31, mandados de busca e apreensão na investigação de um grupo autointitulado terrorista que reivindicou ter colocado uma bomba na noite do Natal na cidade de Brazlândia (DF) e que fez ameaças à posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo a Polícia Federal, há sete mandados de busca e apreensão em andamento no Distrito Federal, Goiás e São Paulo.
Em uma página na internet, chamada de Maldição Ancestral, o grupo diz ter sido responsável pela confecção e colocação de um explosivo na madrugada do Natal em Brazlândia. O dispositivo foi desarmado pela Polícia Militar do Distrito Federal.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Polícia Civil alertou à PF sobre um texto do grupo falava sobre possibilidade de ataque na posse de Jair Bolsonaro, no dia 1º de janeiro, razão pela qual o órgão passou a investigar o caso. No texto, o grupo afirma ter poder para atacar a posse do eleito e “causar grandes danos e morte”.
Em nota, a Polícia Federal disse que as investigações prosseguem sob segredo de justiça “para a apuração do crime de associação criminosa, além de outros ilícitos que possam a vir a ser identificados no decorrer das ações”.
No domingo, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, afirmou que as ameaças contra a posse de Bolsonaro eram tratadas como reais pela organização do evento.
“O fundamento e a sustentação das ameaças vai estar no resultado do inquérito da Polícia Federal. Nós não temos o direito de descartar nenhuma delas, nem de avaliar se esta ou aquela é mais ou menos grave. Nós estaremos preparados sempre para fazer frente a qualquer das ameaças. Nós estamos preparados”, disse o ministro, que falou ao lado de seu sucessor anunciado, o também general da reserva Augusto Heleno.
Por causa da preocupação com a segurança, ainda não se sabe se Bolsonaro fará desfile em carro aberto.
Tradicionalmente, os percursos entre a Catedral Metropolitana de Brasília, Congresso Nacional e Palácio do Planalto são feitos em carro aberto, um rolls-royce que pertence à Presidência da República. Porém, é fortemente cogitada a possibilidade de que o percurso ocorra em um veículo fechado.