O ministro da Economia, Paulo Guedes, está incomodado com um integrante da sua equipe. Há alguns meses, Guedes está desconfiado de que um de seus secretários tem vazado informações discutidas em reuniões reservadas. Para o ministro, o principal suspeito é justamente quem se mostra mais indignado quando a imprensa publica informações sobre bastidores da pasta.
Guedes desconfia que o seu secretário, apelidado de “garganta profunda”, estaria alimentando especulações sobre a sua saída do governo e uma eventual substituição pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ou pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães — que já deixaram claro que não querem o lugar do ministro da Economia.
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Clique e AssineA pessoas próximas, Guedes disse que já pensou diversas vezes em mandar embora o secretário suspeito, mas acabou desistindo da ideia, porque poderia fragilizar a sua equipe em um momento tão crítico para a economia do país.
Há também outra razão por trás do recuo do ministro: a demissão do integrante da equipe econômica poderia abrir espaço para o partido Republicanos concretizar o seu plano de emplacar um apaniguado político para uma das secretarias da pasta.
Diante desse impasse, Guedes decidiu colocar o seu secretário em uma espécie de “aviso prévio” — e apurar se de fato o seu subordinado está envolvido com vazamentos de informações do ministério. O nome do assessor é mantido em segredo.