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Odebrecht diz que negociou apoio do PDT à chapa Dilma-Temer

O ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis, afirmou que o apoio custou 4 milhões de reais pagos em quatro parcelas entre agosto e setembro de 2014

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h16 - Publicado em 3 mar 2017, 09h00
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  • Brazilian President Dilma Rousseff and her Vice President Michel Temer talk during the launching ceremony of the new National Borders policy at Planalto Palace in Brasilia, on June 8, 2011. AFP PHOTO/Evaristo SA (//Divulgação)

    O ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis, que depôs nesta quinta-feira no processo que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer, disse que a empreiteira repassou 4 milhões de reais em recursos de caixa 2 para “consolidar” o apoio do PDT à chapa nas eleições presidenciais de 2014. A informação reforça a revelação de VEJA feita no início de fevereiro (edição 2.516), na matéria “Apoio comprado com dinheiro sujo”.

    De acordo com Reis, o então presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, pediu que ele procurasse Alexandrino de Alencar, ex-executivo da empresa, porque este “precisava de apoio”. A ajuda, segundo Reis, seria pela proximidade que ele teria com lideranças do PDT para que o partido aceitasse os 4 milhões de reais em troca de consolidar sua participação na coligação de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), vencedora da eleição presidencial de 2014.

    Alexandrino, que foi diretor de Relações Institucionais da empreiteira e vice-presidente da Braskem, teria ficado responsável por negociar o apoio de cinco partidos – além do PDT, PRB, PROS, PCdoB, e PP – em troca de repasses financeiros.

    Reis informou ainda que o pagamento foi feito em quatro parcelas de 1 milhão de reais entre agosto e setembro de 2014. O ex-presidente da Odebrecht Ambiental é o segundo executivo da empresa a ser ouvido no processo que apura irregularidades na campanha de 2014 e no qual o PSDB, autor da ação, pede a cassação da chapa.

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    O presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, foi ouvido na tarde de quarta e, na ocasião, afirmou que fez doações de caixa 2 à chapa Dilma-Temer.

    Matéria de VEJA deu ainda mais detalhes sobre a negociação dos valores:

    Em uma reunião em 2014 com Marcelo Odebrecht, à época presidente da maior construtora do país, e o então diretor de Relações Institucionais da empreiteira, Alexandrino Alencar, o tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, Edinho Silva (PT), foi claro: precisava de 35 milhões de reais para garantir a adesão de cinco partidos à chapa da petista e, assim, conquistar preciosos minutos na propaganda eleitoral na televisão. Mais precisamente, dois minutos e 59 segundos, decorrentes da aliança com Pros, PCdoB, PRB, PDT e PP. A divisão do butim seria feita de forma igualitária, 7 milhões de reais para cada sigla. A informação sobre o acerto, levado a cabo, consta do acordo de delação premiada dos dois executivos, homologado na semana passada pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

    Segundo o que Marcelo Odebrecht e Alexandrino Alencar delataram em seus acordos, a propina foi paga, através de caixa dois, diretamente aos partidos beneficiados, e saiu do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, que cuidava do dinheiro sujo da empreiteira. Em alguns casos, ao menos, o repasse foi feito em dinheiro vivo.

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    Defesa

     

    O presidente do PDT, Carlos Lupi, classificou como “calúnias” as denúncias de pagamento de caixa 2 à sigla para que apoiasse a chapa Dilma-Temer.  “O PDT foi o primeiro partido político que declarou oficialmente apoio à chapa de Dilma Rousseff. Foi no dia 10 de junho de 2014, quando a então candidata foi ao partido em ato público amplamente divulgado pela imprensa. Isso já comprova, diante das datas apresentadas pelo delator, que o anúncio aconteceu meses antes do suposto pagamento”, diz Lupi por meio de nota.

    “O PDT irá agir no âmbito da Justiça e tomar as medidas necessárias para que o delator comprove o que afirmou. Para nós está clara a tentativa de ganhar algum tipo de benefício, inventando calúnias contra o PDT.”

    (Com Reuters)

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