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OAB acompanhou prisão de Queiroz

Lei impede que mandados sejam cumpridos em escritórios de advocacia sem o acompanhamento da Ordem dos Advogados do Brasil

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 jun 2020, 16h09 - Publicado em 18 jun 2020, 13h40
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  • A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enviou três representantes de Campinas para acompanhar o cumprimento do mandado de prisão preventiva de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro.

    Como Queiroz estava em um imóvel ligado ao advogado Frederick Wassef, que defende a família Bolsonaro, a OAB precisou ser acionada. Uma lei federal determina que mandados judiciais realizados em escritórios de advocacia precisam ser acompanhados por representantes da instituição.

    Os advogados foram avisados da operação um dia antes, no final da tarde, mas sem serem informados sobre a identidade dos alvos. Como mostram imagens divulgadas pela Polícia Civil de São Paulo, o local onde Queiroz estava abrigado não tem nenhuma aparência de escritório de advocacia, a não ser por uma placa no muro e o carpete da entrada que traz a inscrição “Wassef & Sonnenburg Sociedade de Advogados”.

    “Chegando ao local, havia placas indicativas de escritório de advocacia, contudo nada de relevante em termos de defesa das prerrogativas profissionais foi encontrado”, informou a seccional da OAB de São Paulo. Os advogados que acompanharam a ação são Rodrigo Tamassia, Andre Amin Pinto e Peter Pessuto.

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    A seccional deve analisar agora se houve alguma infração ética da parte de Wassef, já que ele não era advogado de Queiroz.

    O senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que também é professor de direito, entrou com uma representação ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, pedindo providências para apurar uma “possível infração ética” do advogado por ter “ocultado informações sobre o investigado Queiroz”. O parlamentar alega que Wassef “desonrou” a categoria ao dizer que não sabia sobre o paradeiro do ex-assessor de Flávio Bolsonaro.

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    Procurado, Santa Cruz disse a VEJA que “não é autoridade competente” para se pronunciar sobre o tema, e remeteu o ofício do senador para a seccional de São Paulo.

    “Em relação à situação do advogado proprietário do imóvel, sobre uma eventual falta ética ou infrações, se existente, será oportunamente apreciada pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB SP”, diz o texto da associação paulista.

     

     

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