O Ministério Público Federal no Distrito Federal instaurou inquérito civil para investigar possível irregularidade na nomeação de Tiago Pontes Queiroz para o cargo de secretário Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
Uma reportagem de VEJA publicada no ano passado mostrou que Tiago foi acusado de falsificação de documentos e estelionato, admitiu o crime e aceitou ressarcir a vítima para se livrar de condenação. A secretaria para a qual ele foi nomeado tem um orçamento anual de 6,3 bilhões de reais, com capilaridade em todo o país, principalmente nas regiões mais pobres.
Thiago era sócio de um escritório de advocacia que ofereceu a um empresário um terreno em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. O empresário que comprou o terreno deu uma entrada de 1,3 milhão de reais, mas logo soube que tinha caído em um golpe. Thiago Queiroz e seu sócio haviam falsificado a assinatura dos verdadeiros donos do terreno.
Confrontado com as evidências da polícia, Thiago fez um acordo na Justiça com a vítima do golpe e aceitou devolver o dinheiro e o processo foi suspenso por dois anos. Tiago já tinha sido denunciado pela Procuradoria da República no DF por improbidade administrativa juntamente com o ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros. Ambos foram acusados de favorecer empresas em uma licitação para a compra de medicamentos.