Conselheiro da Agência Reguladora de Energia e Saneamento (Agenersa), o delegado Marcos Cipriano é um dos presos acusado de integrar a máfia do bingo na zona oeste da cidade comandada pelo bicheiro Rogério Andrade e o PM reformado Ronnie Lessa, preso apontado como executor das mortes da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista Anderson Gomes, em 2018.
Cipriano é apontado como delegado que falava diretamente com Ronnie Lessa para cooptar policiais civis, como a delegada Adriana Belém, que foi titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), em 2018, para atender aos interesses do grupo mafioso, como a liberação de máquinas. Bem articulado no Palácio Guanabara, Cipriano está afastado da polícia, mas nomeado na Agenersa com a chancela do governo do estado e da Assembleia Legislativa.
Na casa de Adriana Belém, um condomínio de luxo da Barra da Tijuca, o MP apreendeu quase 2 milhões de reais. O dinheiro estava escondido em sacolas de grifes famosas e em uma mala. Adriana também já não estava na Polícia Civil, mas na Secretaria Municipal de Esporte. Ela foi à Corregedoria da Polícia Civil para prestar esclarecimentos sobre a origem do dinheiro.
A operação do Ministério Público visa cumprir 29 mandados de prisão e 119 mandados de busca e apreensão que envolvem agentes das polícias civil e militar. Ao todo 30 acusados foram denunciados à 1ª Vara Criminal Especializada, entre eles o bicheiro Rogério de Andrade e seu filho Gustavo Andrade, chamado de Príncipe Regente.