O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu à Justiça estadual na tarde desta quarta-feira, 12, a prisão preventiva do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. Ele é investigado por uma força-tarefa que apura denúncias de abuso sexual feitas por mulheres atendidas em seu centro espiritual, a Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia (GO). Até o momento, cerca de 200 acusações já foram feitas à Promotoria.
O pedido de prisão preventiva do médium será analisado pelo fórum de Abadiânia. Os supostos casos de abuso sexual vieram à tona na sexta-feira, 7, em entrevistas de seis mulheres ao programa Conversa com Bial, da TV Globo. Além do MP goiano, promotores de São Paulo, Paraná e Minas Gerais abriram canais para receber denúncias contra o médium.
Na manhã desta quarta-feira, 12, João de Deus apareceu publicamente pela primeira vez após as acusações, em uma rápida visita à Casa Dom Inácio de Loyola. Ele falou brevemente a seguidores que o aguardavam. “Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Ainda sou irmão de Deus, mas quero cumprir a lei brasileira porque estou na mão da lei brasileira. João de Deus ainda está vivo. A paz de Deus esteja convosco.”
Na saída do centro espírita, cercado por funcionários, ele voltou a negar as acusações e se disse “inocente”.