O presidente Michel Temer ocupará em Moscou, na Rússia, uma suíte com diárias de R$ 60 mil que virou notícia ao ser citada como palco de um escândalo envolvendo Donald Trump, quando ele ainda era apenas um magnata americano, em 2013. A informação é da edição desta terça-feira do jornal Folha de S.Paulo.
Foi na suíte presidencial de 238 metros quadrados do hotel Ritz-Carlton que Trump teria se relacionado com prostitutas em uma orgia com direito a práticas sexuais pouco usuais logo após o concurso de Miss Universo, realizado na cidade. A denúncia foi feita no início deste ano por um ex-agente britânico de inteligência, Christopher Steele, que afirmou que o hoje presidente dos Estados Unidos caiu no golpe russo de produzir provas contra adversários. A noite teria sido gravada para futuramente as imagens serem usadas para chantageá-lo.
Trump sempre negou as acusações e disse na ocasião ser vítima de uma campanha de difamação.
O hotel foi reformado em 2015, mas não se sabe se os grampos e demais aparelhos de espionagem, se existiram realmente um dia, foram retirados do local. Apesar do preço alto da diária, a suíte sairá de graça a Temer e ao Brasil, afinal a hospedagem é um presente do governo da Rússia.
Temer chegou nesta terça-feira à Rússia. Ele cumpre uma agenda de quatro dias no país e na Noruega, nos quais deve tratar sobre comércio, investimentos e cooperação.